Escrevi, ontem, matéria sobre o bom desempenho do governo do Presidente Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes. Pois, vou repetir uma outra boa notícia sobre a administração do governo anterior. Trata-se do lucro da Petrobras, um recorde de R$ 188,3 bilhões em 2022, com a alta de 77% ante o ano anterior, 2021. É o melhor resultado financeiro da Companhia, desde a sua fundação, devido à alta dos preços no mercado internacional. O resultado veio acima da expectativa do mercado financeiro, cujo recorde anterior foi de R$ 106,7 bilhões.
Espero que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, usucapião dos resultado da gestão anterior, não faça o feito da Petrobras como sendo o resultado da competência do Governo Lula, assim como fizera a reoneração dos combustíveis como se a "culpa" fosse do governo anterior. Se o modelo de gestão do atual governo for igualmente competente, o governo do Presidente Lula, poderá comemorar com justa razão, ao fechamento do balanço de 2023, que só será divulgado no início do ano vindouro.
Para entender melhor o assunto sobre combustíveis, seria necessário, saber ao mínimo, a situação do petróleo no Brasil e no mundo. No mercado mundial, há um cartel de produtores de petróleo do mundo, composto por 7 grandes produtores do mundo, no que o Brasil não faz parte, denominado de OPEC, que dita as regras do preço do petróleo ao nível que se pratica desde sua criação. Aproveitando-se do conflito entre Ucrânia e Rússia, o país do Putin, sendo um dos maiores produtores de petróleo do mundo, o preço do petróleo do tipo Brent, chegou a bater a casa dos US$ 130 cada barril do tipo Brent, no pico da crise. Hoje, o preço do barril do tipo Brent está cotado nos níveis de US$ 85 cada barril. Sendo o petróleo pesado, como o do Brasil, tal qual o petróleo americano, tem defasagem de preço em relação ao preço do petróleo leve ao redor de US$ 7 a menor, mesmo assim, o petróleo pesado do pré-sal é altamente competitivo.
O Brasil é autossuficiente, em termos de volume de petróleo, produzindo acima de 3,6 milhões de barris/dia, que equivale, grosso modo, ao consumo do País, de petróleo do tipo leve ou tipo Brent. Porém, apesar de número de produção equiparar o consumo do petróleo no País, a Petrobras exporta totalidade do petróleo produzido na bacia do "pré-sal", porque o Brasil não possui refinarias para tais tipo de petróleo. O petróleo para serem processados no País é totalmente importado, o do tipo Brent.
As refinarias e complexos petroquímicos instalados no País estão preparados para processar o petróleo do tipo leve ou tipo Brent. A Petrobras é obrigado a fazer o "passeio do petróleo", exportando o petróleo que produz e importando o petróleo leve, do tipo produzido no Oriente Médio. Maioria do processo de compra e venda do petróleo brasileiro é feito pela subsidiária da Petrobras em Holanda e na Singapura. Nessas idas e vindas do petróleo, todo tipo de interesse escusos são praticadas, desde sempre. Muita gente, que passou por lá, moram, hoje, na Suíça.
A exploração de petróleo é uma indústria de alta rentabilidade, que cobre todo e qualquer tipo de "vantagens ilícitas". Segundo informações colhidas no corpo interno da Petrobras, o custo médio de exploração do petróleo na camada pré-sal, é de US$ 40 cada barril, sem considerar os ganhos extras referente ao gás. Imagine, o lucro da Petrobras, mesmo pagando o imposto sobre exportação de 9,3% sobre o valor bruto e mesmo com o "passeio do petróleo", que onera em fretes marítimos e seguros. É uma babilônia de dinheiro que cobre todo tipo de custo indireto como de "ganhos extras" que correm do alto ao baixo escalão do governo.
Não é à toa que os presidentes ou altos dirigentes dos países se metem em negociar o petróleo, pessoalmente. E, tocar o setor de petróleo não é preciso especialistas em petróleo para ocupar posição de comando. É necessário, que os dirigentes da Petrobras, entendam todo o processo de "ganhos extras" que corre na indústria mais cobiçada do planeta. Muita gente ficou $ bilionário com a indústria do petróleo, incluído um banqueiro de sucesso.
Em tempo: Nada a ver com o assunto petróleo: o PIB do Brasil cresceu em 2,9% no ano de 2022, segundo IBGE, divulgado, ontem. Mais um índice que o Presidente Lula terá que correr atrás para superar o seu antecessor, Presidente Bolsonaro, imagem do topo com o seu ministro de Economia, Paulo Guedes. Rei morto, rei posto!
Ossami Sakamori
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