Vou ser breve, hoje. A economia global está assustado com a declaração do presidente do FED, Banco Central dos Estados Unidos. Em resumo, ele afirmou que a última alta de juros anunciada por ele, não será a última e que poderão vir novas medidas restritivas na política fiscal do governo Biden para tentar colocar a inflação no patamar de antes do governo Democrata. Isto está parecendo com a situação do Brasil.
Lá como cá, o presidente do Banco Central, Campos Neto, não arreda o pé, sobre a manutenção da taxa básica de juros Selic nos atuais patamares, enquanto perdurar a inflação nos países do primeiro mundo, entre os países, os Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia, em particular. O Presidente Lula, na sua simplicidade e na sua ignorância sobre o assunto, critica os juros altos, como se a taxa de juros básicos fosse o "único" vilão do baixo crescimento econômico do País.
O Brasil está perdido no espaço e no tempo, em matéria de "política econômica" e "política fiscal". O atraso na definição de uma política econômica para o País, prometido desde o início do Governo pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, denominado de "âncora fiscal" e de uma política fiscal, denominado pelo ministro de "arcabouço fiscal", tem causado muita apreensão entre empresários e investidores institucionais nacionais e estrangeiros. Nenhum investidor está disposto a arriscar grande soma de dinheiro, no "escuro".
Na indefinição de uma política econômica e de uma política fiscal clara do governo do Presidente Lula, os investidores institucionais e empresários brasileiros tem "tirado o pé do acelerador", aguardando uma definição clara da política econômica, com viés liberal ou intervencionista. Refiro-me à teoria macroeconômica do professor e Nobel da Economia do americano Milton Friedman ou da teoria macroeconômica do outro formulador, o britânico John Keynes. Ambos renomados economistas, que andam em lados distintos e tem feito alunos aos longo do tempo, cada um nas suas escolas de pensamentos.
O Presidente Lula, pelos comentários sobre a economia, percebe-se que tem viés intervencionista e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tenta se equilibrar entre o liberalismo e o intervencionismo, sem nenhuma convicção. Isto tudo está mais se parece à frase dita pelo Hamlet da peça do William Shakespeare: "Ser ou não ser, eis a questão".
Ossami Sakamori
Nenhum comentário:
Postar um comentário