quarta-feira, 1 de março de 2023

Os 10 produtos mais exportados do Brasil em 2022


O desempenho de exportações do Brasil, mereceria matérias mais extensas, no tanto os números por si só falam sobre a situação da produção do País em comparação com o mundo.  O que está segurando o desenvolvimento do País, apesar da recessão generalizada no mundo.  Segue a lista dos 10 maiores produtos em valor de exportação em 2022 e comentário na sequência, na ordem crescente.

1.  Café em grão. Brasil é o maior país exportador do mundo, US$ 4,8 bilhões;

2.  Resíduos sólidos de soja ou bagaço de soja, US$ 4,9 bilhões;

3.  Celulose, supre 40% da demanda mundial, US$ 5 bilhões;

4.  Carne bovina, uma das maiores do mundo, US$ 6 bilhões;

5.  Açúcar da cana. um dos maiores exportadores, 6 bilhões;

6.  Aeronaves, através da Embraer, US$ 7 bilhões;

7. Circuitos elétricos, via Zona Franca de Manaus, US$ 10 bilhões;

8.  Petróleo, US$ 24bilhões;

9.  Soja em grãos US$ 36 bilhões;

10. Minério de ferro US$ 37 bilhões.

        Conforme pode ver, dentre 10 produtos mais exportados, 2 são produtos industrializados, como as aeronaves da Embraer e Circuitos elétricos produzidos na Zona Franca, com isenção de impostos de importação e de exportação.   

     Sendo que a Embraer é uma empresa de capital estrangeiro com BNDESPar como sócio minoritário, 5,4%.  Demais sócios são Fundos de investimentos Brandes Investiment Partners dos Estados Unidos com 14,4%, Mondrian Investiment Partners do Reino Unido com 10,1% e Blackrock dos Estados Unidos com 5,0%.

         O petróleo produzido no Brasil é totalmente exportado por ser do tipo pesado ou TWA.  A Petrobras, produz cerca de 75% da produção nacional e exportado na sua totalidade, apesar do Brasil ser auto suficiente, porém as refinarias instaladas no País só destilam os petróleos leve, do tipo Brent, totalmente importados.   O petróleo no Brasil faz passeio: vendemos o petróleo do tipo pesado e compramos o petróleo do tipo leve.  A isto podemos denominar de "passeio do petróleo".   

            A Embraer que é empresa estrangeira, como pode ver na composição acionária, o parque industrial está localizado no território brasileiro, pelo menos, qualificando a mão de obra compatível para o setor de aviação comercial.  

           O que me intriga é exportação de bagaço de soja que é também se enquadraria como produto primário.  Certamente, os importadores dão destino correto a este commodity.  Há que pensar em agregar valor a esse produto em específico.

          Outro item importante nas exportações, são os minérios de ferro, explorado sobretudo pela empresa Vale SA de capital misto, sendo 46% estrangeiro.  No minério de ferro, não se agrega valor da tecnologia e deixa herança de terra "arrasada", apesar de "compensação" em preservação do ambiente.   

           Em resumo, a estrutura econômica do País não difere muito dos tempos da colônia, onde as tecnologias de produtos e serviços de última geração vem dos países do primeiro mundo ou da economia em ascensão que é a chinesa.   E as indústrias que poderiam agregar valores como as automobilísticas estão deixando o País devido ao sistema tributário e encargos sociais complexos e altos.

      Há pouco mais de 50 anos, recém formado pela Universidade Federal do Paraná, entrei para o mundo empresarial, com otimismo em relação ao futuro do Brasil.  Hoje, com o Governo federal, cujo Presidente da República, é um analfabeto funcional que prefere manter o País "em atraso" para poder ditar suas próprias regras,  o Brasil continuará cada vez mais "atrasado" em relação aos países do hemisfério norte, com o comportamento típico de terceiro mundo. 

        O País só tem uma forma de sair do atraso que se meteu.  A solução que vejo, seria via modernização da economia, nos moldes da teoria liberal do Milton Friedman, da Universidade de Chicago, Nobel em economia, que impõe o processo de "desregulamentação da economia".

             Em tempo:  A contribuição sobre exportação sobre petróleo incide sobre o item 9, Petróleo, 9,2% sobre o valor bruto.  Se o País exportar o mesmo volume do ano passado, o Governo federal arrecadaria valor próximo de R$ 15 bilhões/ano em 2023.  A âncora fiscal do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vem de forma criativa, para tentar fechar as contas do Governo federal nos níveis projetados, antes.

             Ossami Sakamori             



Um comentário:

Anônimo disse...

Claríssimo meu dileto amigo . Creio que este imcompetente Haddad não se deu conta desta situação em contra partida o nosso “ competentissimo “ presidente promete picanha para o povo ( que nem salsicha de segunda tem pra comer )!!!