quarta-feira, 29 de março de 2023

Brasil está com pneumonia!

 

Hoje, ainda quarta-feira da semana, vou antecipar e fazer o resumo da semana, no campo do mercado financeiro global e sobre a movimentação no mercado financeiro nacional e movimentação necessária no Congresso Nacional.  Lá vai ...

         A boa notícia no mercado financeiro global é que, após duas semanas de instabilidade com a quebra do SVB - Silicon Valley Bank dos Estados Unidos e pelo socorro feito pelo Fundo Garantidor dos investidores além da absorção do Credits Suisse pelo UBS (United Bank of Switzerland).  Na Alemanha, ouve boato sobre a saúde financeira do Deutsche Bank AG que ficou sob a mira dos especuladores, mas logo foi dissipado o "boato".  

       Assim como no sistema financeiro internacional, os investidores dos bancos nacionais, sejam grandes ou pequenos, que tem a garantia do Fundo Garantidor de Crédito, que d[a garantia até o valor de R$ 250 mil, para cada CPF ou CNPJ, dá uma certa segurança.  Para quem não é do mercado financeiro e tem suas poupanças ao longo do tempo, convém deixá-los aplicadas nas instituições financeiras oficiais como CEF e BB.  As cooperativas de créditos não fazem parte da garantia dada pelo Banco Central, apenas como observação, nada que comprometa a credibilidades destas instituições financeiras.

            A agenda econômica do Governo federal, vai de mal a pior.  Decorrido 3 meses do Governo Lula, ainda não foi apresentado a "política fiscal" de 2023, que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad e a ministra Simone Tebet insistem em chamar de "arcabouço fiscal", ajustando aos gastos ao novo quadro de ministérios, que passou de 26 a 37.  Até o próximo dia 15 de abril, além de tudo, o Ministério da Fazenda terá que apresentar a proposta do LDO - Lei de Diretrizes Orçamentária para o exercício fiscal de 2024, a se aprovado pelo Congresso Nacional até recesso parlamentar no mês de julho.  

        A "política fiscal" ou o "arcabouço fiscal" é um instrumento importante para administração do Governo federal, sem o que é impossível governar.   Para melhor entender, a "política fiscal" ou qualquer nome "pomposo" que se queira dar como "arcabouço fiscal", é um instrumento de controle dos gastos públicos.   Porém, o que falta, no Governo Lula é a "política econômica", que abrange não só a administração pública, mas o "balizamento" da economia para o setor produtivo, que incluem os impostos, contribuições e incentivos fiscais e creditícios.   

        Na discussão sobre a taxa básica de juros Selic, hoje calibrado em 13,75% ao ano, tem causado muita polêmica.  A taxa básica de juros é o instrumento mais importante do Banco Central  para o controle da inflação, que hoje, anda por volta de 5,8% ao ano.  Taxa Selic é freio e não combustível para inflação.  Eu até concordo que a taxa Selic está alta em relação ao comportamento da inflação dos últimos 12 meses, no entanto, o motivo da manutenção da taxa básica de juros Selic, estabelecida em junho de 2023, é a falta de uma bem definida "política econômica" do Governo Lula, concomitantemente com o ajustamento da "política fiscal" para o ano de 2023, a serem apresentada pelo ministro Fernando Haddad, tem postergado a queda da taxa Selic pelo COPOM do Banco Central.   Havendo definição da "política econômica" e da "política fiscal de 2023", creio a taxa Selic poder baixar ao nível de 12,25% ao ano, como comentado em matéria antecedente, sem "gritaria" de leigos como Presidente Lula e ministro da Fazenda, Fernando Haddad.  

         Enfim, o Brasil está com pneumonia !

         Ossami Sakamori       

Um comentário:

Anônimo disse...

A taxa da CELIC vem alta desde o governo Bolsonaro. . Isso não é do governo atual