segunda-feira, 13 de março de 2023

Uma nova crise financeira de 2008 ?

 

Acordei hoje, com olhos no mercado financeiro internacional, após a quebra do SVB - Silicon Valley Bank dos Estados Unidos, na sexta-feira, dia 10.   Respirei aliviado que, os principais índices do mercado de ações do mundo, de leste a oeste, estão operando em ligeira baixa, mas dentro da normalidade, se considerar o tamanho do estrago que o episódio poderia ter causado ao mercado financeiro global, incluindo ao do Brasil.  

      O motivo da relativa calmaria, momentânea, é a intervenção do FED - Federal Reserve no SVB, ao contrário do que aconteceu em 2008, quando da quebra do Lehman Brothers, sem que houvesse intervenção do Banco Central americano.  Naquele episódio, o resultado da quebra do banco americano acabou contaminando o mercado financeiro global num "efeito cascata", terminando em uma das maiores crise financeira global desde a II Guerra Mundial.  

           A repercussão global do episódio SVB ainda está por vir, com os estouros das bolhas do mercado de digital, onde o mundo parecia resumir em "startups" e o mercado tradicional de comércio físico ou virtual pareciam estar marginalizado do sistema tradicional de troca de mercadorias e ou serviços.   É certo que os "startups" representam um elemento essencial e necessário para dar dinamismo ao comércio de produtos e serviços, mas continuam sendo apenas o "meio", assim como continuará, também, sendo apenas o "meio", o sistema financeiro mundial e brasileiro.

      Uma chacoalhada como essa, de tempo em tempo, é necessário e saudável para que as coisas andem, cada um no seu segmento, o comércio de mercadoria e de serviços, dinamizados e otimizados pelo mercado financeiro e de tecnologia de informação.  Grandes avanços tecnológicos, ainda estão para vir, com o mercado de chips sendo aperfeiçoado pela "nanotecnologia".   Este último termo, inventado por este que escreve, para descrever a tecnologia que vai adentrar às moléculas.

          Por enquanto, Jerome Powell salvou SVB, mas, vamos ficar atentos ao sistema financeiro nacional, altamente expostos aos riscos, em seus ativos financeiros, como aplicados em empresas, antes consideradas sólidas, como a Americanas.    E, considerar que a tecnologia de informação não é fim, mas sim, o meio para desenvolvimento do mundo.

          Ossami Sakamori            

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