Na próxima quarta-feira, o COPOM se reúne para definir a taxa Selic, a segunda deste ano. A expectativa é de manter a atual taxa Selic de 13,75% e com perspectiva de terminar o ano com a taxa de 12,75% e com previsão de manter a taxa para 2024, em 10,00%. A reunião acontece para analisar e definir séries de medidas pontuais da política monetária que não vem o caso para as pessoas fora do COPOM e ficar especulando e palpitando. O Banco Central, como em todos países desenvolvidos, cuida da política monetária, a quantidade de moeda em circulação, para garantir o "poder de compra" dela, apertando ou afrouxando a liquidez do sistema monetário.
A reunião do COPOM acontece no meio ou no início de uma nova crise financeira global, devido a quebra do SVB, Silicon Valley Bank, dos Estados Unidos, por falta de liquidez ou falta de dinheiro para solver os saques dos clientes. Outros bancos de menores expressões dos Estados Unidos estão caminhando para a mesma situação, a de quebra. Com experiência que teve no episódio de quebra do Lehman Brothers em 2008 e consequências nefastas no mercado global, o FED agiu rápido e garantiu o saque de até US$ 250 mil para cada depositante, recurso do Fundo Garantidor de Crédito dos Estados Unidos, para tentar segurar a crise.
Lá como cá, o Banco Central do Brasil é responsável pela "política monetária" do País, independente do Governo federal. O Governo federal cuida da "política econômica", que o novo ministro de Fazenda, Fernando Haddad o denomina de "arcabouço econômico". Brasil do Lula não tem definido, ainda, no terceiro mês do seu governo, a "política econômica" do seu governo. Além de não ter definido o seu "arcabouço econômico" ou "política econômica", ainda está por definir a "âncora fiscal", que é a mesma coisa que a "política fiscal". Política fiscal é a que define quanto o governo pretende arrecadar e onde buscar este dinheiro. Isto ainda não está claro, com uma vaga promessa vaga de que nos próximos meses deveremos tê-la.
A ausência de uma "política econômica" e "política monetária" definida, ainda, pelo Governo federal, não credencia o ministro da Fazenda, Fernando Haddad e o Presidente Lula, criticar sobre os juros do Banco Central, a taxa Selic, como altos. Isto, apenas mostra, a ignorância e despreparo do Governo federal para enfrentamento de uma "política econômica" e uma "política fiscal", sustentáveis, ao em vez de "se meter" onde não é chamado. Que cada lobo que cuide do seu "galinheiro" e pronto!
Presidente Lula, já estamos no terceiro mês do seu governo! E, com crise financeira batendo às portas da economia brasileira, há que mostrar a sua "política econômica", ao invés de criticar o governo anterior e tentar se meter onde não é chamado, no COPOM do Banco Central.
Ossami Sakamori
Um comentário:
Ótimo comentário meu Professor!!! Temos que ter gente mais preparada para cuidar de nossa economia, a começar de cima para baixo. Cada um que define sua linha de corte ! A minha começa no topo !!!!
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