sábado, 14 de janeiro de 2023

Atrás da quebra das Americanas

Infelizmente, com muita tristeza, vou comentar sobre a situação econômica/financeira da Lojas Americanas ou simplesmente Americanas.  Para quem não sabe, as Lojas Americanas, junto com outras lojas como Casas Bahia ou Lojas Riachuelo, faziam parte das primeiras lojas de Departamentos do País, muito antes de novo estilo de venda de varejo através de Shopping Centers tomarem grande fatia do comércio varejista no País.   

          O Executivo das Americanas, veio ao público declarar que a empresa está com contabilidade inconsistente em R$ 20 bilhões.  Só para o sistema bancário, segundo grande imprensa, deve cerca de R$ 16 bilhões.  E, já avisou aos credores que está preparando o calote oficial que é a Recuperação Judicial.  O CEO ou o Chefe Executivo da Companhia está demissionário após o anúncio da "quebra" da Companhia, com ações listados na Bolsa de Valores.  Claro, antes do anúncio, no segundo semestre do ano passado, o CEO da Companhia teria vendido cerca de R$ 280 milhões em ações da Americanas, recebidas como prêmios na Companhia, de forma lícita e legal. Quem fez o anúncio é o novo CEO da Americanas.  O ato, no entanto, configura "inside information" ou informação privilegiada do CEO que lucrou com a venda  que, certamente, estará sob crivo da CVM.    Este filme já vimos em outras ocasiões em uma outra empresa de renome nacional, a JBS, portanto, para mim, o anúncio não constitui nenhuma novidade ou surpresa.

           Na semana passada, a grande imprensa, também, noticiou o fechamento de uma grande fábrica do grupo Guararapes, no Ceará, no setor de tecidos e confecções.   O grupo Guararapes é dona, também, de uma outra rede de lojas, a Riachuelo, com estrutura empresarial e financeira bastante sólida.  Apenas, estou dando destaque ao fechamento da fábrica, que dispensou centenas de colaboradores, sem fazer nenhuma crítica ao grupo empresarial com atuação forte no Nordeste.  

           Esta semana, houve também, o anúncio de fechamento da fábrica da Toyota, a única fábrica da Companhia no exterior, segundo a Companhia.  Há dois anos, escrevi matéria sobre o fechamento de uma outra montadora, a Ford, sob o título, A ponta do iceberg .  Sai governo, entra governo, a situação econômica/política do País não muda.   Desde primeiro dia deste ano, o Brasil tem um novo Presidente da República, o velho Lula,  que pertence ao mesmo partido, o PT, que quebrou o País em 2014/2015, sob o comando da Dilma Rousseff, PT/MG.   Os empresários no País, na minha opinião, são os verdadeiros heróis que enfrentam a carga tributária uma das mais altas do mundo, com adversidades burocráticas confusas e muitas vezes intransponíveis.  

          A quebra das Americanas é apenas o início de uma série de "quebra" das empresas brasileiras, com dívidas federais em discussão no âmbito, somente no Carf, em mais de R$ 1 trilhão, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.  O suposto "golpe de Estado" engendrado pelo ex-Presidente da República, está sendo usado pelo atual Presidente da República, como "cortina de fumaça" para esconder a real situação do País.

             Ossami Sakamori

                

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