A posse do Presidente Lula da Silva foi patético, como se esperava, do ponto de vista político. Após o juramento e investidura do cargo de Presidente da República no Congresso Nacional, o desfile em carro aberto, num velho limusine inglês de 1958, que a rainha e príncipes do Reino Unido teriam usados e doado ao Brasil. A multidão que se apresentou, ignorou as cores da bandeira brasileira e a predominância era a vermelha, o símbolo do comunismo no mundo contemporâneo.
No seu discurso de posse, Lula da Silva exaltou a sua trajetória pessoal e política e prometeu fazer inclusão social dos pobres, dos deficientes, dos indígenas e igualar a oportunidade de trabalho de renda entre homens e mulheres. Até aqui, estou em acordo. E, repetiu o "mote" da sua campanha eleitoral de levar três refeições por dia a todos brasileiros, com os mesmos R$ 600 do Auxílio Brasil, que passará a se chamar Bolsa Família. Prometeu ganho real ao salário mínimo, o que já vem sendo feito pelos governos precedentes.
O que já se esperava, comentado por mim, em matérias anteriores, o Presidente Lula da Silva prometeu implantar o Foro de São Paulo, uma união de países da América Latina, agora sob denominação de Unasul, com sede em Equador. Para minha surpresa, estiveram nos cumprimentos da delegação estrangeira, a presença do Ivo Morales, ex-presidente da Bolívia, o atual presidente do Chile, o novo presidente da Colômbia, o Alberto Fernandes, presidente da Argentina e José Mujica, ex-presidente do Uruguai, todos da linha socialista.
Entre os convidados na cerimônia de posse, a figura mais importante foi o Presidente do Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa e maioria dos chefes de estado dos países da língua lusófono, até do pequeno país da Oceania, o Timor Leste. O esperado, por Lula da Silva, não se fizeram presentes, com representante de peso como dos países como os Estados Unidos e França. A Alemanha se fez presente pelo Presidente da República, uma figura protocolar, na pessoa do Frank-Walter Steinmeier. A imagem de baixo é do Marcelo Rebelo.
Pelo discurso apresentado pelo Presidente Lula, em termos de macroeconomia, vai ser difícil o novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad e o novo presidente do BNDES, Aloisio Mercadante, demonstrarem que vieram para dar continuidade à política macroeconômica com viés liberal. Não, não vieram. O programa do governo Lula, nitidamente, tem viés socialista, com forte intervenção na economia, com medida de aumento de carga tributária, para atender as demandas prometidas pelo Presidente Lula, incluído nelas, a ajuda financeira para os países vizinhos e países lusófonos.
Assim sendo, o Brasil do Lula faz opção pela economia "neoliberal", com forte viés de intervenção na economia.
Ossami Sakamori
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