quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Mercado financeiro em pânico!

 


O mercado financeiro, nesses dois primeiros dias úteis do ano, está operando com o Bovespa em baixa e o dólar em alta.  Os investidores institucionais nacionais e estrangeiros estão reagindo negativamente às primeiras sinalizações da política econômica do governo Lula, recém empossado, no raiar do primeiro dia do ano de 2023.  O novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anuncia que implantará um novo "arcabouço fiscal", que suponho seja o mesmo que "política fiscal", comumente utilizado pelos investidores institucionais, numa enigmática mensagem.

        O novo ministro da Fazenda não soube dizer exatamente o que seria o seu novo "arcabouço fiscal", mas, suponho que seja um novo marco regulatório do Orçamento fiscal em substituição à Emenda 95, que disciplina o "teto dos gastos públicos", editada pelo Governo em 2016, pelo Presidente Michel Temer, acatando sugestão do seu ministro da Economia, Henrique Meirelles.    Só para lembrar, ao pedido do novo governo, do Lula, já foi aprovado uma Emenda Constitucional, aumentando o teto dos gastos públicos em 2023, no montante de R$ 145 bilhões, sobre os gastos públicos previstos na LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2023, no apagar das luzes do governo do Presidente Bolsonaro. 

         Sob argumento de que o novo Governo teria herdado uma estrutura do Governo Bolsonaro, sucateado, com demandas reprimidas de serviços públicos de alçada do Governo federal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quer aprovar uma nova Emenda Constitucional para suprir as necessidades do programa do governo Lula, com 37 ministérios, número nunca dantes visto no País.   Não se sabe ainda, em quanto vai ser o acréscimo de valor ao Orçamento Fiscal de 2023, já incluído o PEC da Transição, imaginado pelo Fernando Haddad.   Escuta-se comentário de que o novo PEC "fura teto", será acima de R$ 200 bilhões, adicionais ao Orçamento Fiscal de 2023, já considerando o PEC da Transição.   Somando tudo, o ministro Fernando Haddad, vai enfiar goela abaixo do contribuinte, cerca de R$ 345 bilhões, acima do teto previsto na Emenda 95, enganando a população com a cortina de fumaça denominando a medida de um novo "arcabouço fiscal".  

         Para quem tem mínima noção do que seja Orçamento Fiscal, do Governo federal, sabe-se que os dispêndios extras, deverão ser cobertos ou pelo aumento da carga tributária ou pela emissão de novos títulos do Tesouro Nacional com juros já estabelecido pelo COPOM do Banco Central em 13,75% ao ano.   A consequência, de novas dívidas públicas, a história brasileira já cansou de ver repetidamente, é a volta da inflação.   O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, queixa-se da taxa de juros altos praticados pelo Banco Central, mas esquece-se dos fundamentos macroeconômicos, que baseia as maiores economia do mundo, sobre a relação inflação/taxa de juros Selic. O advogado e acadêmico Fernando Haddad quer reinventar os fundamentos macroeconômicos.

         Enfim, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve, antes, completar o seu curso de macroeconomia e parar de inventar novos termos, como "arcabouço fiscal" com intuito de enganar a população.   O mercado financeiro nacional e internacional já aperceberam da situação e os papeis de risco como ações estão operando em baixa e o dólar em alta, com sinal visível de investimentos estrangeiros saindo do País.  A política econômica do Presidente Lula está se mostrando um "desastre" nestes primeiros dias do governo. 

          Exige-se um novo ministro da Fazenda urgente, antes que o Brasil se afunde!

            Ossami Sakamori

           

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