terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Americanas III, o penúltimo capitulo

 


É triste ver acontecer no País uma recuperação judicial como a da Americanas, uma das maiores lojas de departamentos do País.  Ainda mais triste, saber que os homens mais ricos do País, considerados os ícones pelos empresários  brasileiros são os artífices da tamanha safadeza.  Os donos da Americanas, que detinha ou detém cerca de 1/4 das ações da Companhia, praticaram fraude contábil para enganar os investidores de ações, minoritários, cerca de 3/4 das ações da Companhia.    Nessa última semana, a Americanas entrou com pedido de "Recuperação Judicial" da Companhia na Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.  

             O pedido de Recuperação Judicial é um instrumento legítimo para qualquer empresa utilizar-se dela para superar dificuldades momentâneas no fluxo de caixa.   Durante a semana, os noticiários apontam e os próprios administradores, de até então, confirmam a "maquiagem" no balanço da Americanas, que qualquer analista de ou consultoria seriam e são capazes de levantar.   Os grandes bancos do País, ignoraram ou confiaram em auditorias contratadas pela própria Americanas e injetaram cerca de R$ 19 bilhões, segundo imprensa noticia, sem garantia real, por dolo ou incompetência. 

           Para um leigo entender, a Americanas apresentava no seu balanço, os valores de contratos de empréstimos aos bancos, pelo valor histórico, imagino de há 20 anos, sem acréscimo dos valores, corroído pela inflação do período, em linhas gerais.  Os bancos credores indicaram, um novo CEO da Companhia, o principal executivo de um dos bancos credores.   O diretor nomeado, uma espécie de "interventor informal", de um dos bancos credores, ficou uma semana na Americanas e pediu demissão, após constatar a fraude com seus próprios olhos.  O próprio diretor, se demitiu da direção do Banco e mudou-se para Espanha.  

       Estou a escrever esta matéria para informar aos pequenos acionistas da Americanas, em número que ultrapassa 100 mil e para os acionistas dos grandes bancos, credores da Americanas.   Declino de citar nome das instituições financeiras e nem das pessoas envolvidas para assegurar as suas integralidades.  Há que haver "socorro" a estas instituições financeiras, por meio de Fundos próprios para estas situações, sob supervisão do Banco Central do Brasil, sem o que é difícil conter a disseminação dos efeitos Americanas. 

          A história da Americanas está apenas começando... Vem "coisa feia" nos próximos 30 dias e apertem os cintos quem está envolvido diretamente com o Americanas/ Bancos.

              Ossami Sakamori

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