segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Troca-troca para viabilizar o governo Lula

 

Crédito de imagem: Veja

Segundo a revista Veja, a agenda de conversas do Presidente eleito e o senador Renan Calheiros, MDB/AL, nessa última semana, foi intensa, cujo objetivo de ambos foi a formação de apoio de base do recém eleito Lula da Silva, PT/SP.   Segundo, a Revista, o objetivo é formar uma base de apoio de 51 senadores e 312 deputados federais.  O número é mágico para aprovar as Emendas Constitucionais, que necessitam de 3/5 dos parlamentares de ambas casas.   

           O assunto é de urgência porque está a exigir a necessidade de aprovação do PEC da Transição, ainda neste ano, 2022, para vigorar à partir do dia 1º de janeiro do próximo ano.  O número para aprovação da Emenda, corresponde a 49 votos no Senado Federal e 308 votos na Câmara dos Deputados.  Em tese, o Presidente da República, recém eleito, não tem o número suficiente para aprovação de qualquer PEC - Projeto de Emenda Constitucional.  

           O senador da República, mencionado acima, é uma velha raposa, conhecido do Parlamento brasileiro como um hábil comprador de apoios dos vendilhões da República, os senadores e deputados que barganham o seu apoio com uma indicação de cargo público na Administração federal e ou verbas para obras públicas no seu reduto eleitoral.   Faço ressalva de que nem todos parlamentares são "venais".  

           Para quem janela de muitos anos na política, sobretudo o que acontece na esfera federal, a vergonhosa "troca-troca" entre os políticos é uma prática comum, não só no Brasil, mas em países do primeiro mundo, também.  A troca de interesses, tudo em nome da governabilidade, a prática dos atos não tão republicanos é mais comum do que possa imaginar. Isto acontece nos melhores países do primeiro mundo, em maior ou menor grau.  Muitas "troca-trocas" veremos nos próximos 4 anos, para vergonha do povo brasileiro.

           Ossami Sakamori 





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