terça-feira, 29 de novembro de 2022

A âncora fiscal é uma bomba retardada!

 


Cansa-me ficar ouvindo, lendo ou vendo entrevistas dos ícones da economia do País, pela mídia brasileira ou a grande imprensa.  Para começo de conversa, escalam os entrevistadores, os(as) jornalistas com pouco conhecimento sobre o tema da macroeconomia.   Utilizam-se termos como "âncora fiscal", como algumas medidas econômicas que levam a um permanente "déficit primário" ou o "rombo fiscal", termo que utilizo para dar maior ênfase ao "déficit primário".             O que está em discussão, hoje, no Congresso Nacional é a aprovação de um valor "extra teto" aos gastos públicos autorizados pela Emenda 95, que é uma outra aberração macroeconômica.  O que se discute é o valor que será acrescido ao LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2023, aprovada pelo Congresso Nacional no mês de julho passado, como manda as normas legais vigentes.  Designar de uma nova "Âncora fiscal" as despesas, extra LDO, seja de que natureza for, para os próximos 4 anos do mandato do Presidente da República, Lula da Silva, PT/SP, só mesmo para "limpar a barra" do próprio.  

         A justificativa é que o novo Presidente da República, Lula da Silva, quer "matar a fome" de 30 milhões de chefes de famílias e dar benefício extra para beneficiárias com crianças com idade menor que 6 anos.  O atual programa, o Auxílio Brasil, já beneficia 22 milhões de pobres cadastrados no sistema.  Só não sabemos se os 30 milhões de beneficiários do programa Bolsa Família, poderão fazer o "churrasquinho" nos finais de semana, como afirmou o Lula da Silva, nos discursos da campanha eleitoral.  

             No meu entender, enquanto o Brasil viver com "déficit primário" ou o "rombo fiscal", desde a pior crise econômica e financeira de 2014/2015, na gestão da Dilma Rousseff, PT/MG, o Brasil não voltará a crescer com solidez.  O Presidente da República tenta a todo custo, esconder a ex-presidente Dilma e nem a convidou para a equipe de Transição, por motivo óbvio.  No entanto, o PEC de Transição, proposto de R$175 bilhões a R$ 200 bilhões, anuais, é um acréscimo nas despesas do Governo federal, que o Governo Lula da Silva propõe ao Congresso Nacional.  Designar isto de uma nova "Âncora fiscal", pelos economistas, os "puxa sacos" do Partido dos Trabalhadores, é como "dourar a pílula" para um doente gravemente enfermo, que é o Brasil. 

          A âncora fiscal é uma bomba retardada!

          Ossami Sakamori

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