sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Nada muda no quartel d'Abrantes!

 

Ontem, dia 3, deu-se o início de "transição" do governo Bolsonaro para o governo Lula, em comum acordo entre partes, como de praxe.  O Presidente da República Jair Bolsonaro indiciou o chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, PP/PI, da parte da atual administração.   Da parte do presidente eleito Lula, Alkmin, seu vice-Presidente foi nomeado chefe da equipe de transição.   Formalmente, está previsto na legislação a formação de equipe de transição, no total de 30 membros, que receberá remuneração durante o período que vai até 31 de dezembro.   O governo disponibilizou o espaço do Centro Cultural Banco do Brasil, como é de praxe.

        Dois fatos que me chamou atenção na equipe comandada pelo vice-Presidente Geraldo Alckmin.   O primeiro é a presença do deputado José Guimarães, PT/CE, uma figura que ficou conhecido como "dinheiro na cueca", no Aeroporto de Brasília, apesar de negado pelo próprio.  Na política, o simbolismo é muito considerado, tratando-se sobretudo sobre o assunto que se refere ao dinheiro público.   Se não fosse político, poderia se dizer que é assunto privado do cidadão.   

      
           
O segundo espanto meu, é que o vice-Presidente Alkmin, negocia com o atual Congresso Nacional, uma Emenda Constitucional, denominado de "PEC de Transição", que prevê não só o gasto extraordinário devido ao atual Auxílio Brasil, que certamente vai voltar a se chamar Bolsa Família, no valor de R$ 600 e aumento real do salário mínimo, que já fora anunciado pelo atual Presidente da República, Jair Bolsonaro, PL/RJ.   Uai !  O candidato Lula, PT/SP, prometeu mudanças na campanha e adota os mesmos programas do atual Presidente da República?  

      Alckmin quer mais... Quer "PEC da Transição" que contemple a flexibilização ou o fim do "teto dos Gastos Públicos", tanto defendido enquanto oposição, para "ampliar" os gastos públicos, tão cobrados pelos atuais partidos da oposição.   Enfim, o recém eleito Lula, PT/SP, é mais um político populista que quer "enriquecer", ao pé da letra, os seus parceiros da Coligação que o elegeu.

            Nada muda no quartel d'Abrantes!

            Ossami Sakamori

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