A lua de mel com os apoiadores do Lula da Silva, PT/SP, recém eleito, vai acabar no primeiro dia do Governo. Segundo foi noticiado na grande imprensa, o Governo Lula terá 31 ministérios, em comparação com atuais 23 ministérios. Isto tudo, acontece porque algumas secretarias serão guinadas aos status de ministérios, tudo como dantes da quebra do Governo federal em 2014/2015 e que culminou com o impeachment da Presidente Dilma Rousseff, PT/MG.
Acontece que foram convidados, noticiados pela grande imprensa, as pessoas notáveis, com curriculum vitae impecável na área que transita e em diversos segmentos da sociedade brasileira. Há um ponto positivo, nessa convocação para, em tese, discutir o problema do Brasil, em tempo recorde, menos de um mês. Se o diagnóstico e resposta para toda demanda do Brasil requeresse tão pouco tempo, menos de um mês, é diagnóstico de que o País está bem e o próprio Governo que está assumindo não vê grandes problemas.
Segundo o anúncio feito na campanha eleitoral e agora revelada na elaboração do PEC da Transição, o que haverá será, segundo o programa do Governo Lula, a continuidade do Programa Auxílio Brasil, de R$ 600, que já atende cerca de 22 milhões de famílias. O Governo Lula quer aumentar o número de beneficiados para 30 milhões de famílias e incluir Auxílio para a beneficiária que possui filhos menores de 6 anos. O governo Lula está propondo salário mínimo de R$ 1.302, que considera ganho real de cerca de R$ 30 aos atuais números descontado inflação e quer trocar o nome do programa de Auxílio Brasil para a Bolsa Família.
Voltando ao assunto inicial de equipe de transição, não se sabe exatamente quantas pessoas são, mas ao redor de 100 pessoas de notórios currículo, e de políticos que deram sustentação à campanha que saiu-se vencedora. Chegou a hora de pagar as "faturas" aos partidos da coligação. Se, em tese, tem 100 candidatos para 31 vagas, uma grande maioria vão ficar "de fora" da escolha para ministros de Estado. Aquela alegria de ser convidado(a) para equipe de transição vai resultar em frustação por ter sido exposto ao público e não ter sido convidado para um Ministério.
Dentre algumas pessoas indicadas para a equipe de transição, algumas delas já falam como "ministro(a)", como é o caso da Dra. Ludhmila Hajjar, uma profissional respeitável da sua área, que não passou pelo crivo político do atual governo para o Ministério da Saúde. Espero, mesmo, que a referida médica, com extenso currículo, venha ocupar o lugar que já foi dos ministros José Gomes Temporão e do Alexandre Padilha, ambos ocupantes da cadeira de ministro de Saúde nos governos do PT.
Espero, também, que os nomes como de André Lara Resende e Pérsio Arida, os mentores do Plano Real, não tenham sido "usados" para dar respaldo à nomeação do Fernando Haddad, PT/SP, para o Ministério da Fazenda.
Ossami Sakamori
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