quarta-feira, 6 de maio de 2020

O que será do Brasil pós "coronavírus" ?


O conjunto de medidas econômicas anunciadas pelo Paulo Guedes, até o momento, se refere ao socorro às empresas de todos os setores e todos os tamanhos, além de atender os trabalhadores informais e brasileiros que estão fora da economia formal.  O atendimento aos estados e municípios através de "socorro" para tapar o "buraco" pela perda de receita provocado pelas medidas de "isolamento social" adotada pelos entes federados, também faz parte do "pacote".  Grosso modo, o volume de recursos liberados pela União pelas medidas anunciadas, ascende a R$ 350 bilhões.  

Os recursos foram consignados no "Orçamento de Guerra", apartado do Orçamento Fiscal de 2020, um recurso artificial para "mitigar" o "rombo fiscal" ou o "déficit primário" total de R$ 500 bilhões, que é a soma dos "rombo fiscal" previsto no Orçamento Ordinário e do "rombo fiscal" decorrente do Orçamento de Guerra.  Nada contra as medidas emergenciais tomadas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, nem em volume e nem no conteúdo.  O que me preocupa é que as medidas propostas no Orçamento de Guerra preveem "apenas" às situações decorrentes da retração da atividade econômica devido à "coronavírus", no período imaginado pelo Ministério da Economia, até fim do primeiro semestre.   

Acompanhando atentamente, as medidas tomadas e anunciadas pelos países como Estados Unidos, Alemanha e Japão, há um abissal diferença entre medidas tomadas pelo Ministério da Economia e pelo Banco Central brasileiros e as medidas anunciadas por aqueles países.  Os países citados, primeira, terceira e quarta economia do mundo, já estão tomando medidas de "saída" do crise econômica, a pior dos últimos 100 anos.  Enquanto no Brasil, ninguém, absolutamente ninguém, teve a "ousadia" de "colocar" em discussão, as medidas para a "saída" da grave crise econômica decorrente da "coronavírus".   Ninguém sabe, nem empresários, nem governadores, nem os prefeitos e muito menos os trabalhadores, o que será do Brasil pós crise da "coronavírus".  

Enquanto isso, os "abutres" como são chamados os "investidores especulativos", estão esperando a "quebra em cadeia" de empresas de capital nacional, para engordar os seus portfólios, que em pouco tempo, com o objetivo de já em 2021, voltar à atividade normal igual dantes da crise econômica devido a "coronavírus".   As empresas serão as mesmas, mas os donos do Brasil serão os "abutres" do mercado financeiro internacional.  

Recomendo a leitura sobre a feita por este blog em 18 de fevereiro, sobre o título: Efeito da coronavírus na economia global para melhor entender sobre a situação que o Brasil se encontra.

Ossami Sakamori


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