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Paulo Guedes está no caminho errado. O governo anuncia socorro ao setor elétrico, mediante financiamento subsidiado decorrente da defasagem de tarifas, via BNDES, num montante ao redor de R$ 5 bilhões. Esse filme já vi, em 2012, quando o governo Dilma, deu desconto na tarifa de energia elétrica coberto com recursos públicos, para manter a sua popularidade em alta. O PR ganhou eleições com o seu "posto Ipiranga" pregando a economia liberal da Chicago University. Ledo engano. O Paulo Guedes sempre fez parte do mercado financeiro, não produtivo. O ministro da Economia foi gestor financeiro, antes de assumir o Ministério da Economia, beneficiário da política econômica do Henrique Meirelles, um ex-banqueiro.
O programa "auxílio emergencial" implementado pelo Guedes como instrumento de saída da crise econômica devido a "coronavírus", nada mais é do que extensão do "Bolsa Família", inventado no governo FHC e ampliado no governo Lula. A ajuda financeira para os estados e municípios num volume nunca dantes visto, com objetivo de cobrir "rombos" devido a queda de arrecadação dos impostos, é mais um "benesse" do Paulo Guedes, contrariando a teoria da economia liberal. Guedes anuncia a cadas semana, auxílio emergencial para empresas, com recursos do Tesouro Nacional. Enfim, não se sabe em quanto anda o "rombo" fiscal. Nem a equipe econômica sabe em quanto anda o desembolso de variados subsídios, estimado entre R$ 350 bilhões a R$ 500 bilhões. O "rombo fiscal" ou o "déficit primário" enumerado fica debitado no "Orçamento de Guerra", apartado do "Orçamento Fiscal" de 2020. A essa altura, a teoria liberal do professor Milton Friedman já foi para o "lixo" faz algum tempo.
O que me espanta, não é propriamente o estímulo fiscal enumerados acima durante a pandemia "coronavírus", mas sim a "ausência" de um plano de saída da pior depressão desde 1929. Os empresários, o sistema financeiro e a população querem saber como será e quando será implementado o "Plano Marshal", tão citado pelo ministro Paulo Guedes. O mercado financeiro está "de lado", e o setor produtivo está a espera do "plano de saída" da pior crise econômica devido a uma pandemia "coronavírus".
O posto Ipiranga não está mais tão Ipiranga!
Ossami Sakamori
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