O Produto Interno Bruto da saída da "coronavírus", previsto para o segundo semestre deste ano, deverá sofrer um decréscimo de 20% ao ano. Estou a falar do PIB dos últimos dois trimestres de 2020. Como o PIB do primeiro trimestre teve apenas leve queda por conta de que a "coronavírus" só afetou a produção apenas no último mês do trimestre, o PIB do primeiro semestre deverá fechar ao redor de 15%.
O PIB - Produto Interno Bruto é tudo que um país produz, incluindo: setor industrial, serviços, comércio, agronegócio e gastos do setor público. No entanto, o importante é tomar como referência o PIB do segundo semestre, pois é exatamente o "ambiente de negócio" que o setor produtivo vai encontrar, sobretudo devido a falta de demanda em função do grande número de desempregados. O setor industrial tem condições de colocar, em tempo relativamento curto tempo o seu parque industrial em funcionamento, no entanto, vai esbarrar na falta de "demanda" decorrente do brutal "desemprego" provocado pela "coronavírus".
O ministro da Economia, Paulo Guedes e o presidente do Banco Central, Campos Neto, sabem exatamente o que se espera no segundo semestre. O pior de tudo é que a "falta de demanda" não ocorrerá apenas no Brasil, mas também nos países que movimentam a maior fatia do comércio mundial. O PIB do segundo semestre nos países do primeiro mundo, no momento da saída da "coronavírus", será o mesmo do Brasil. A âncora "China" poderá não ser suficiente para fazer a economia mundial como dantes da "coronavírus".
Dentro deste contexto que o ministro da Economia, Paulo Guedes, admite emissão de "papel moeda" para criar a retomada estimulada do crescimento do País. Campos Neto é contra a emissão de "papel moeda" porque teme a volta da inflação, hoje ao nível de 3%, menor índice dentro do Plano Real. Seja como for, o Paulo Guedes, tem a arma do "Orçamento de Guerra", apartado do Orçamento Fiscal de 2020. Para quem não sabe, o "Orçamento de Guerra" é "cheque em branco", para o Paulo Guedes gastar no que quiser, seja em forma de "auxílio emergencial" direto ou seja em forma de estímulo fiscal para o setor produtivo. Até este momento, dia 2 de maio, a conta do "Orçamento de Guerra" beira R$ 350 bilhões. Claro, o dinheiro é conseguido através de "endividamento" do Tesouro Nacional, aproximando dos R$ 5 trilhões.
Com certeza, o assunto emissão do "papel moeda", val voltar à tona. Enquanto, a emissão do Título do Tesouro Nacional serve para pagar as contas do governo e faz o governo da União dever cada vez mais, a emissão do "papel moeda", não cria dívida do governo. O efeito colateral da emissão do "papel moeda" é que provoca a inflação ou seja, quanto mais "papel moeda" no mercado, menos valor terá. É a situação que vive a Venezuela, hoje. Creio importante, o assunto emissão de "papel moeda" seja muito bem debatido pelas elites pensantes do Brasil.
O PIB no segundo semestre deverá encolher em 20% !
Ossami Sakamori
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