segunda-feira, 4 de maio de 2020

Guedes privilegia os setores oligopolizados na saída da "coronavírus".


O Palácio do Planalto deve anunciar ainda este mês, um "programa de socorro" a grandes empresas, sobretudo àquelas que já estão em crise devido ao "coronavírus".  O programa, segundo o Planalto, vai beneficiar empresas aéreas, setores de energia elétrica, indústria automotiva, setor sucroalcooleiro e setor alimentício e não farmacêutico. 

O socorro do Planalto deverá ser feito sob forma de empréstimos aos setores enumerados. Segundo a equipe econômica do Ministério da Economia, não deverá haver subsídios públicos, mas "garantia da União aos empréstimos". Esta é a fórmula clássica de apoio às grandes empresas, empregadoras de mão de obra qualificada.  A taxa de juros TLP praticado pelo BNDES, é de 2,12% ao ano acima da taxa Selic, hoje, de 3,75% ao ano.   

Para micro e pequenas empresas, a Câmara dos Deputados está aprovando, em antecipação à medida do Planalto, uma linha de crédito com taxa de juros anual máxima igual à taxa básica de juros Selic, acrescida de 1,25% sobre o valor concedido, com 8 meses de carência e 36 meses de pagamento.  A condição para tal financiamento é que, no período do empréstimo, as empresas não podem demitir.  Falta saber que garantia o sistema bancário vai exigir dos já combalidas micro e pequenas empresas.  

Na minha opinião, o volume maior de auxílio sempre vai para os setores "oligopolizado", isto é, quando poucas empresas atuamo no setor.  Isto, sempre funcionou assim no Brasil, desde me conheço como empresário, há mais de 50 anos.   Também, eu creio que o Ministério da Economia está "sub-avaliando" o efeito da "coronavírus" na economia global e particularmente na economia brasileira.  Isto poderá ser "fatal" para uma política econômica que insiste em ser "liberal", no momento errado.  

A hora, é de fugir das dogmas do "liberalismo clássico", da Escola de Chicago e partir para "política intervencionista" Keynesiano para tirar o Brasil dos últimos lugares de qualquer indicadores sociais ou econômicos.  Apenas vamos lembar que o Brasil nem bem saiu da mais longa "depressão econômica" que se deu início em 2014.  Só não enxerga quem não quer.

Paulo Guedes privilegia os setores oligopolizados na saída da "coronavírus".  

Ossami Sakamori



Um comentário:

Anônimo disse...

Aula de economia! Deixem as empresas quebrarem pois os mercados se auto corrigem sem intervenção estatal!! Despesas inúteis devem ser cortadas! A máquina pública é o grande entrave dos mercados!