No meio da briga entre o Presidente da República Jair Bolsonaro e o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, passa batido a discussão sobre a situação fiscal do País, devido a "coronavírus". Passa batido, também, a mudança de posicionamento do ministro da Economia, Paulo Guedes, defensor da teoria liberal do Milton Friedmann, para colocar em prática a economia intervencionista do professor John Keynes. Não sou declarado defensor da ideia dos "Chicago' boys" e nem contrário à teoria keynesiana. Apenas, chamo atenção da postura "dúbia" entre a teoria e a prática do ministro da Economia, Paulo Guedes. Nada mais.
Antes da "coronavírus", o Congresso Nacional aprovou LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias para o ano de 2020, com o "déficit primário" ou o "rombo fiscal" de R$ 124 bilhões. Com a queda de receita fiscal devido a "coronavírus", o Congresso Nacional está para aprovar o adicional do "déficit primário" de R$ 348 bilhões, para que o governo da União não fique "à descoberto" diante da LDO, como aconteceu com a presidente Dilma Rousseff em 2014, que redundou em "impeachment". Este adicional, não se refere às despesas proveniente do efeito "coronavírus", mas tão somente para cobrir as despesas ordinárias previstas na LDO para 2020.
Convém esclarecer que as despesas oriundas da pandemia "coronavírus", "não previstas na LDO de 2020", está sendo financiado com emissão de títulos do Tesouro Nacional, para cobrir as diversas formas de programas, tais como o "auxílio emergencial" de R$ 600, o socorro aos estados e municípios, um conjunto de socorro para empresas manterem o emprego e várias formas de financiamentos subsidiados às empresas do setor produtivo. A conta das despesas, ainda não está totalmente fechada, porém já se sabe que vai estar entre R$ 350 bilhões a R$ 500 bilhões. A estas despesas extras deu-se o nome de "Orçamento de Guerra" que será apartado do "Orçamento Fiscal", um verdadeiro cheque em branco para equipe do Paulo Guedes usá-lo como e quanto quiser. Com cheque em branco, até eu administro a crise da "coronavírus".
Nem precisa ser renomado economista para saber que as despesas consignados no "Orçamento de Guerra" é uma verdadeira "intervenção" do Estado na economia, seguindo exatamente a teoria do John Keynes e que se distancia cada vez mais da teoria liberal do Milton Friedmann. Nada contra as medidas "neoliberal" do "ultra liberal" ministro da Economia, Paulo Guedes, o posto Ipiranga do PR. Se eu estivesse no seu lugar, seria muito mais intervencionista do que o ministro da Economia, diante de uma "hecatombe" na economia global.
Paulo Guedes é um "neoliberal" e ponto final.
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Ossami Sakamori
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