Presidente Dilma conseguiu o feito único, com sua ignorância e incompetência, desorganizar a economia. A situação se assemelha com o Plano Cruzado do Sarney. Com engessamento de câmbio e tarifas públicas, conseguiu a proeza de deixar o País numa situação delicada. Já que nenhum economista de renome ousa a enfrentar a presidente Dilma com as análises, contrariando a política econômica do ministro Mantega/ Tombini, eu as farei.
A Europa viveu nos últimos 2 anos, um período difícil, com estagnação, resultado do refluxo da crise financeira global de 2008. Isto refletiu em todo o mundo, até na China que vinha crescendo a uma média anual de 10% ao ano. Isto afetou o Brasil porque a China que se tornara um dos maiores consumidores de commodities do País. Aliado ao fato da estagnação da economia mundial, os presidentes Dilma e Lula, artificialmente, apreciaram o real, para permitir à população brasileira, a sensação do "poder de compra". Tinha em vista, o Lula, a eleição da presidente Dilma, à época. Mas, não justificava Dilma, ter mantido a mesma política do Lula, nos primeiros anos do mandato.
Quando da sua posse, a presidente Dilma, teve oportunidade de impor correção do rumo, já que no poder ela já estava. Mas, não a fez. Deixou o tempo correr, com "êxtase" da popularidade, nunca dantes vista para o primeiro ano de um presidente. Tal qual fez o presidente Sarney com o seu primeiro período do Plano Cruzado, adiou o ajustamento da economia engessada. Dilma tentou ajustar a economia no ano de 2012, mas a fez em dose homeopática e deixou a economia em descompasso maior ainda. Fez o ajuste do câmbio em níveis abaixo do necessário, através de intervenções no câmbio pelo BC. Fez o ajuste da taxa básica de juros, em dosagem insuficiente para equalizar com os países desenvolvidos. Não teve a coragem de colocar a economia flutuando no mercado, porque queria Dilma manter a sensação do "poder de compra" da população. Teve medo de enfrentar o realismo do mercado tudo por conta da sua "alta popularidade".
Dois anos do governo Dilma, já se foram e ela teve proeza de deixar a economia mais desorganizada do que nunca. Pior de tudo, desorganizada e engessada. Com o câmbio engessado, conseguiu fechar ou desnacionalizar as indústrias brasileiras. Muitas das indústrias brasileiras, montaram fábricas no exterior, para compensar a perda de competitividade. Com a taxa Selic, ainda, na altura de 7,25%, o governo necessita gerar Superávit Primário além de 10% do total da sua arrecadação somente para pagamento de juros da dívida do Tesouro Nacional. Com a contenção do reajuste de combustíveis para o consumidor, à título de segurar a inflação, quebrou de vez a Petrobras. A Companhia vale hoje no mercado, metade do valor de 2007, em termos reais. Com a última redução tarifária de energia elétrica impostas às concessionárias, acabou de quebrar a Eletrobras, que vale hoje cerca de 1/3 do que valia em 2007.
A presidente Dilma, se encontra na mesma posição do presidente Sarney no segundo semestre do seu primeiro ano do seu mandato. Se correr o bicho pega, se parar o bicho come. Com a dupla Mantega/ Tombini, não conseguiremos sair da situação incólume. Teríamos que ter uma nova concepção da política econômica, para sair da situação engessada. Os primeiros sinais dadas pela Dilma, é de adiar o alinhamento dos pesos relativos da economia, quais sejam, câmbio, taxa Selic, combustíveis e tarifa de energia. Imagino, que o adiamento se deve a manter sua popularidade à altura para garantir a sua pretensão de se manter na condição de candidata ao cargo de presidente em 2014. Quanto mais tempo adiar os ajustes, mais próxima fica a posição do Brasil como dantes do Portugal, da Espanha, da Itália e da Grécia. Nem é necessário ir longe para buscar semelhança, basta lembrar do que aconteceu com o nosso cruzado "valorizado" do Sarney.
Se nenhum agente público, analista econômico renomado, imprensa em geral, empresário de peso no PIB não chamar atenção para a política econômica equivocada da Dilma, serei eu a fazê-la, com veemência, mesmo ciente de que em quase nada influenciaria na mudança do rumo do País.
Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT. E-mail: sakamori10@gmail.com
3 comentários:
Saka,..não acredito que ela faça isso buscando a popularidade. Pense bem,..esses são os dogmas da ultra esquerda estatizante. Isso é pura burrice aliada a incompetência.
Se suas análises, Sr Sakamori, não despertarão interesse no governo, pelo menos para nós é de grande valia pois nos dá a dimensão do real problema econômico que vivemos no Brasil. Por medo de retaliação, grande parte da mídia não divulga notícias em desfavor do governo federal.
Se por tua causa, a Dilma vier a dar uns murros na mesa, isso tudo, tudo, já valera a pena...
Postar um comentário