terça-feira, 16 de abril de 2024

O céu não está para brigadeiro !

 

O mercado financeiro internacional acordou de mau humor, com principais indicadores financeiros despencando, tal qual se viu na crise financeira internacional de 2008, cuja origem se deu com a crise de liquidez dos empréstimos hipotecários nos Estados Unidos.  Desta feita, a origem é a crise política no oriente médio, precisamente, no conflito entre Israel e Irã e seus braços políticos.   

          O pânico se instalou com o ataque do Irã, com os mísseis de longo alcance contra o território israelense.   O Israel já afirmou que vai "revidar" aos ataques iranianos, não precisando como será e em que tempo será.   O ingrediente da incerteza é um "prato cheio" para os "especuladores financeiros", descolados dos "investidores produtivos" globais.  

        Aparentemente, os investidores produtivos e especulativos atuam em campos ou terrenos distintos, mas, uma coisa é ligada a outra.   Os investidores produtivos buscam financiamento no mercado financeiro especulativo para "alavancar" as suas próprias atividades.   Desta forma, os investidores produtivos acabam sendo influenciados, diretamente, pelos investidores especulativos.  Único setor que ganha dinheiro, nesta situação são as instituições financeiras, privadas e estatais que ficam cada vez mais robustos.   

           Dentro deste "tiroteio especulativo", proveniente do "tiroteio" de mísseis entre Israel e Irã, as empresas de pequeno e médio porte, são as que mais sofrem com o "conflito" entre dois países.  Quanto mais demorar a "provável e possível" guerra no oriente médio, as pequenas empresas e investidores financeiros individuais ficarão no "limbo" à espera do desenrolar dos acontecimentos entre Irã e Israel. 

            O mercado financeiro internacional aponta a queda generalizada do mercado de ações ou de riscos, com alta de juros no mercado financeiro e commodities em leve queda, por enquanto.   No mercado doméstico, o índice Bovespa deve buscar posição abaixo de 100.000 pontos  e o dólar buscar o patamar de R$ 5,50 para cada dólar americano, US$ 1.   Recomendo, porém, não ficar especulando com os índices financeiros, acima das suas capacidades econômicas e financeiras reais.  

             Cuidem-se, que o céu não está para "brigadeiro" com nuvens densos no horizonte.                     Ossami Sakamori 

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