Ao contrário do que eu esperava, o mercado financeiro internacional está abrindo, hoje, no terreno de estabilidade, apesar do ataque do Irã contra Israel, de sábado para o domingo, com três centenas de mísseis e drones de longo alcance, do Irã contra Israel. Israel teve tempo de se preparar com o seu "Dome de ferro", que é um sistema antimíssil para abater os artefatos antes de atingir o solo, uma vez que os mísseis lançados pelo Irã levou cerca de duas horas para atingir o Israel. Ainda, segundo a imprensa internacional, houve apenas uma criança que se machucou com estilhaços do míssil iraniano.
Houve, ontem mesmo, manifestação do Conselho de Segurança da ONU, condenando o ataque que, em tese, mexe com a segurança da região. O Brasil que está alinhado com os palestinos da faixa de Gaza, contra a política de ocupação, o Itamaraty emitiu nota, em coro com o restante do mundo ocidental, condenando o ataque. O Presidente Lula, alinhado "contra" o Israel no conflito da Faixa de Gaza, se calou, perdendo a oportunidade de alinhar-se ao Ocidente.
Enfim, o mercado financeiro global, acordou com a aposta de que não haverá desdobramento ao conflito iniciado pelo Irã. Os índices futuro das bolsas estão abrindo no terreno de pequena perda e o barril do petróleo, que uma referência importante, está abrindo, também, nos mesmos níveis praticados antes do lançamento de mísseis dos iranianos.
No mercado financeiro doméstico, há uma certa aversão ao "risco Brasil", em função de sucessivos "déficits fiscais" ou o "rombos fiscais", que demonstra a incapacidade do Governo federal, em controlar os gastos públicos, endividando-se cada vez mais, cujo endividamento do Tesouro Nacional já ultrapassa os R$ 6,5 trilhões, aproximando-se cada vez mais próximo do PIB - Produto Interno Bruto.
Diante da situação os investidores institucionais estrangeiros estão preferindo retirar os recursos do Brasil, direcionando os investimentos nos Estados Unidos, com economia de pleno emprego e inflação razoavelmente controlada. Pode ser um movimento episódico, mas pode ser um movimento que retirada do capital estrangeiro, tão necessário para o crescimento econômico do País. Os próximos dias, serão cruciais para sinalização do fluxo de investimentos no Brasil. Para leigos, a sinalização da cotação do dólar no mercado doméstico será importante para ver para que lado o Brasil está caminhando. A própria ausência de uma política econômica demonstra que o País está sem rumo, à mercê de ventos favoráveis no mercado financeiro internacional.
Resta, para os leigos como eu, torcer que o Governo Lula acerte nos "chutes" na inexistente política econômica. O Brasil está como o Irã, que de muitos "drones" lançados, não tem tido sorte de acertar, pelo menos, alguns nos alvos do crescimento econômico sustentável.
Ossami Sakamori
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