Acordei, hoje, com o propósito de escrever sobre o assunto do petróleo e do imbróglio na Petrobras, mas vou deixar o assunto para comentar depois do desdobramento da substituição ou não do presidente da Companhia, em razão do "mal estar" causado entre o ministro da Minas e Energia e o presidente da Petrobras. Infelizmente, vou ter de comentar, novamente, sobre as contas públicas deste início do ano, com os dados divulgados na última sexta-feira.
Foi divulgado pela imprensa, os dados oficiais das contas públicas no mês de fevereiro deste ano, 2024. Infelizmente, as notícias não são nada boas. As contas do setor público, englobando a União, estados e municípios, fecharam o mês de fevereiro com "déficit primário" de R$ 48,7 bilhões, ante o resultado de janeiro que teve superávit primário de R$ 102 bilhões. Justifica o Governo de que a razão do saldo negativo é pela antecipação do pagamento de precatórios de 2024, o que motivou intensa crítica do ex-ministro Ciro Gomes, alegando favorecimento ao limitado número de banqueiros e investidores privados.
O resultado primário do mesmo mês, o de fevereiro de 2023, foi um déficit primário de R$ 26,453 bilhões, muito abaixo do resultado deste ano. No déficit primário, não engloba o pagamento de juros da dívida pública, o que mostra a fragilidade da administração das contas públicas e sinaliza que a dívida pública aumenta cada vez mais. Mesmo dando o nome de arcabouço fiscal à velha e conhecida política fiscal do Governo, o Governo federal endivida-se cada vez mais, pagando a taxa básica de juros Selic, à base de 10,25% ao ano.
O Brasil está como carro desgovernado, sem freio, descendo ladeira abaixo, com motorista bêbado, deixando os passageiros à mercê da própria sorte. Vamos orar para que o Brasil, "sem lenço e sem documento", frase do músico Mário Prata, chegue ao seu destino, incólume, até 31 de dezembro de 2026.
Ossami Sakamori
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