Amanhã, dia 24, quinta-feira, termina a reunião anual do BRICS, bloco comercial formado atualmente pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A agenda principal é inclusão de novos membros ao bloco comercial que tem como um dos objetivos a quebra da hegemonia dos Estados Unidos na economia mundial, representando por cerca de 25% do PIB global.
A liderança do bloco BRICS é da China com o seu segundo PIB do mundo, que grosso modo, representa cerca de 15% do PIB global. O Presidente Lula, pensou em liderar a reunião do bloco, querendo colocar como a agenda do bloco, a ingerência política na ONU, sobretudo no Conselho de Segurança Nacional, propondo inclusive uma "moeda alternativa" para comércio mundial. O Brasil é voto vencido. A reunião, segundo a grande imprensa, voltou ao seu trilho normal com agenda econômica, com ampliação do bloco para países que ainda não fazem parte dos blocos liderados por Estados Unidos e União Europeia. A China quer ocupar este "vazio", aproveitando do bloco BRICS.
Ao bloco econômico BRICS devem fazer parte, segundo desejo da China, com apoio de todos componentes do Bloco, a Indonésia, a Arábia Saudita, o Irã, os Emirados Árabes e a Argentina. O último país, é indicação do Brasil, que ainda pretendia a inclusão da Venezuela no Bloco BRICS. No fechamento da reunião da cúpula, poderá haver acréscimo de outros nomes ao bloco, porém, acho improvável.
O objetivo principal é estabelecer, no longo prazo, uma moeda alternativa ao dólar americano (US$) no comércio mundial e criar uma alternativa à liquidação financeira via SWIFIT, em dólar americano. Pode ser que o caminho mais viável, na minha opinião, é a compensação financeira, ainda em dólar americano (US$), porém fora do sistema de compensação SWIFIT, entre os membros do bloco BRICS. A mudança vem atender aos interesses da Rússia, que está alijado da compensação pelo SWIFIT e o colocaria no sistema de liquidação financeira global, independente do conflito Ucrânia x Rússia.
O Presidente Lula, deve contentar-se com a inclusão da Argentina ao BRICS, sendo a Argentina o parceiro comercial importante do Brasil na América do Sul.
Ossami Sakamori
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