Infelizmente, a economia global não anda bem como os responsáveis pela política econômica do Governo imagina e deseja. Nem mesmo os países como os Estados Unidos e a China, respectivamente, primeira e segunda maior economia do mundo, escapam da situação. Muito menos o Brasil que disputa a 8ª posição na economia global. Não adianta a ministra do Planejamento, Simone Tebet, pensar que o País é uma "ilha de fantasia". Esquece a professora e ministra do Planejamento de que o Brasil, não é como a sua cidade, a Três Lagoas do Mato Grosso do Sul. Esquece, também, a ministra de que o País não está isolado no mundo. Brasil faz parte do contexto mundial, sobretudo em matéria de economia global.
Dentro do contexto global, os Estados Unidos, que detém 25% da economia, está com economia em pleno emprego, mas luta para manter a inflação sob controle, no teto de 5% ao ano. Inflação nos Estados Unidos significa que a moeda de trocas comerciais internacional, o dólar americano, US$, está perdendo o valor ao nível de 5% ao ano. Isto é ruim para o Brasil.
Para o País, o maior problema não está na inflação americana, mas sobretudo na expansão da economia doméstica da China ou melhor, o problema está na estagnação da economia chinesa. A China é de longe o maior consumidor dos commodities brasileiros, sobretudo de minério de ferro e produtos agropecuários. Os reflexos, ainda, não é sentido, mas eles virão de "galope".
A economia brasileira depende da venda de minério de ferro para a China, para fechar a balança de pagamentos no "positivo". A China, também, é maior cliente de commodities agropecuários. O Brasil vem se preparando para exportações de produtos agropecuários para a China e se tornou dependente dela. Dentro da lógica cartesiana, China em crise, o Brasil vai junto.
Há muitos anos atrás, ouvi de um empresário japonês, a máxima deles, de que o "espirro" dos americanos viraria "tufão" no Japão. É o caso do Brasil, o "resfriado" dos chineses vira uma forte "gripe" para brasileiros. Há indício forte de que a China vai enfrentar uma crise econômica, sem precedente, a maior das últimas décadas, causado sobretudo pela "crise hipotecária", a mesma que assolou os Estados Unidos na crise financeira de 2008.
O Brasil, dentro do contexto global, depende da expansão da economia chinesa para a economia doméstica crescer. Se a China vai mal, o Brasil irá mal, também. Independente das matizes ideológicas, o Presidente Lula vai enfrentar uma das piores situações da economia global das últimas décadas. O Governo Lula, enfrentando a crise econômica global e reflexos na economia doméstica, certamente, quem vai "pagar o pato", somos nós, o povo brasileiro.
A falência da "Americanas" ou o calote da "123 milhas" são apenas a ponta de um enorme "iceberg" à deriva em mares revoltos. Com certeza, não será a Simone Tebet que vai mostrar o caminho seguro para nau que leva o nome Brasil.
Ossami Sakamori
Um comentário:
A bancarrota estava prevista, com um governo onde não há técnicos nas cadeiras ,ainda, pelo passado recente de total desastre e sujeiras.
O povo submisso
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