sábado, 26 de agosto de 2023

Brasil e o curral eleitoreiro

 

Entra governo, sai governo, o discurso cai no lugar comum, "tirar os pobres do estado da miséria", num país rico em riquezas minerais, terras propícios para agricultura e clima temperada, sem desastres naturais.  E, de quebra o povo brasileiro é pacífico e ordeiro, porém de baixa "escolaridade", fácil de ser manobrado.

           Geograficamente, o Brasil se situa entre latitude 5º 16' ao norte, fazendo divisa com a Venezuela e 33º 45' ao sul, terminando no Arroio do Chuí, divisa com Uruguai.  O País é banhado a leste ao norte pelo Oceano Atlântico, com clima quente a temperado.  Nenhum país do mundo tem tamanha extensão territorial propício para agricultura extensiva e mecanizada.   E tem floresta em abundância para ser o "pulmão" do mundo.

       Condições semelhantes ao do Brasil, somente os Estados Unidos, a maior potência econômica do mundo, que possui 1/4 de toda riqueza do planeta.    E, de quebra, o País possui uma das maiores jazidas de ferro do mundo, sem contar com as jazidas de lítio, elemento essencial para baterias elétricas.  Como diz a letra do hino nacional, o Brasil está deitado em "berço esplêndido".   

          Com condições excepcionais que o País possui, qualquer analfabeto funcional, é capaz de governar o País.  Já em 1979, o diplomata brasileiro, Carlos Alves de Souza Filho, que atribuiu ao Charles De Gaulle, a famosa frase de que "o Brasil não é país sério", atribuindo ao Brasil, nenhuma eventual ameaça à França.   Os sucessivos governos que comandam o País, não têm a mínima noção do que seja a teoria macroeconômica, muito menos sobre os pensamentos "neoliberais" e "liberais", atribuídos ao John Keynes Maynard e ao Milton Friedman, em épocas diferentes.

            Vejo pelos discursos e prioridades que são dados pelos sucessivos governos, dividindo o País ou dos seus eleitores em "pobres e ricos" ou em "sul/sudeste e norte/nordeste".   Cada presidente que passa, os discursos são direcionados ao seu "curral eleitoral", ou ao seu "chiqueirinho" eleitoreiro.   E, os eleitores se comportam como tais animais, prontos para irem ao abate, em silêncio, à espera das migalhas que lhes são distribuídos no seu caminho.  

        Não há política econômica e muito menos a política fiscal, em todos momentos, que leve o Brasil ao caminho do crescimento sustentável e que leve à liderança mundial, tal qual são hoje, os Estados Unidos e a China.    Condições para tal, o País tem!   Literalmente, o Brasil está "marcando o passo".                       

            Ossami Sakamori    

                          


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