Há uma conjuntura favorável para baixa da taxa básica de juros Selic, que nada mais do que o resultado da inflação dos últimos 12 meses, medidos no mês de junho. O resultado foi de, inflação dos últimos 12 meses foi de 3,16%. Da última vez, há um ano, o Banco Central estabeleceu taxa básica de juros Selic em 13,75% para inflação dos 12 meses anteriores em 11,89%. De lá para cá, a taxa básica de juros Selic está estável. Pelo resultado da política monetária, a taxa básica de juros deveria cair para os níveis de 9,25% com redução de três reduções de 1,5% até o final do ano, já que a inflação está "encostando" na meta de inflação de 3,75%.
No entanto, o COPOM, tem suas razões para promover reduções menores do que sugerido por mim. Refiro-me à "política fiscal" equivocada do Ministério da Fazenda e do Ministério do Planejamento em manter o "déficit primário" entre R$ 100 bilhões a R$ 150 bilhões, conforme situação do "arcabouço fiscal" da dupla Haddad/ Simone, que é uma denominação "inventada" pelo ministro da Fazenda, para referir-se à política fiscal. Para quem não tem familiaridade com o "economês", o "déficit primário" é o dinheiro que falta para pagar as contas do Governo federal, incluído as da Previdência Social e excluída do pagamento de juros da dívida pública, cujo montante, ascende a R$ 9 trilhões, brutos, equivalente à arrecadação bruta do Governo federal de 3 anos consecutivos. Transportando a situação para pessoa física, equivaleria ao salário bruto de 3 anos consecutivos, sem comer e dormindo no relento. A dívida pública brasileira, sendo realista, é impagável.
Independente da minha posição pessoal, a de redução de 4,5% até o final deste ano, em três parcelas de 1,5%, o mercado financeiro nacional e internacional, esperam a baixa da taxa Selic, de 1,5% distribuído ao longo deste ano. Vão lá e "crava" a sua aposta na taxa Selic do Banco Central para o final do dia de hoje, quarta-feira.
Ossami Sakamori
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