quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Amazônia é nossa! IV

 

Falar da Amazônia, sem fazer referência ao Centro Oeste, é como falar de uma ficção científica.   O Centro Oeste "era" considerado a "nova fronteira" do Brasil.  Não!  Não é mais! O Centro Oeste é celeiro do Brasil e do mundo.  Sem o Centro Oeste, o agronegócio não estaria 30% do PIB do Brasil.  

          Ao norte do Mato Grosso, o agronegócio continua expandindo muito além da cidade do Sorriso, chegado à fronteira com o Estado do Pará, adentrando ao bioma Amazonas, já comentado aqui.  

          O progresso está expandindo ao norte do Mato Grosso, margeando a rodovia BR 163 e com a futura ferrovia conhecida como Ferro-Grão que vai da região produtora de grãos, o município de Sinop, no Mato Grosso, ligando a região produtora ao porto de Miritituba no estado do Pará.  Atualmente, os grãos percorrem o mesmo caminho pela estrada BR 163, em péssimo estado de conservação ou pelo ferrovia que liga ao Porto de Santos.  Como, quase tudo no Brasil corre por caminhos tortuosos, o projeto Ferro-Grão encontra-se sob judice no STF, por conta da reserva indígena.

        Para o rumo oeste, a ligação entre Cuiabá e Porto Velho é feito pela rodovia BR 060, que transporta produção de grãos do lado oeste do Mato Grosso e do estado de, a nova fronteira agrícola.   De Porto Velho, RO, os cerais são transportados pelas barcaças, navegando a favor da correnteza pelo Rio Madeira, até o Porto de Santarém. 

         Ao montante do Porto Velho, capital da Rondônia, no rio Madeira, encontra-se a Usina de Santo Antônio e a usina de Jirau, com potência instalada de 2.424 MW e 3.750 MW, respectivamente.  As referidas usinas são interligadas ao sistema elétrico nacional, fornecendo energia limpa para ser consumido no sudeste brasileiro.  

          O eco sistema do Centro Oeste, além de fazer parte da bacia Amazônica, não podemos desconsiderar o eco sistema denominado de pantanal, que desce o Rio Paraguai, com navegabilidade iniciando, de Cárceres no Mato Grosso e adentrando ao estado de Mato Grosso do Sul, desembocando no Rio Paraguai, na altura do Corumbá.   

        A biodiversidade do pantanal é "impar" no mundo, obedecendo o ciclo de chuva da região, conhecido como período das "cheias" que vai de outubro a março e de "vazantes" no período de abril a setembro.  Pratica-se criação de gado na região com deslocamento da manada conforme as estações de chuvas.  Sob ponto de vista do eco sistema, a região é rica em biodiversidade, própria da região pantaneira.  

         Como pode ver pelas matérias expostas, o Brasil não resumo ao região sudeste e sul, com desenvolvido social e econômica, semelhante ao primeiro mundo.   E, nem tão pouco, podemos esquecer da região nordeste, com terras inférteis, sujeito às secas sazonais, com população socialmente muito maltratadas, dependente de redistribuições de rendas pelo Governo federal.   A série Amazonas, contado em síntese, com as matérias narradas, cada uma delas merece um compêndio de centenas de páginas.  No entanto, uma coisa é certa:  A Amazônia é nossa e é inegociável. 

            Conclusão final: 

        Enquanto os governantes de plantões, não levarem em consideração a imensidão territorial da Amazônia, cerca de 2/3 do País e tentando recursos financeiros no exterior, literalmente, como pedintes, com pires na mão para preservação dos ecossistemas citados, com justificativa da Amazônia ser o "pulmão" do mundo, cerca de 1/3 de todos brasileiros vivem fora do novo conceito ESG da nova governança do Meio Ambiente.

         Ossami Sakamori          

Um comentário:

Anônimo disse...

Ótima aula. Parabéns, os bons alunos ñ conhecem a nossa imensidão, imagine políticos de plantão.