sexta-feira, 25 de agosto de 2023

O FED indica o tamanho do desafio


A atenção do mundo se volta para a reunião do FED, o Banco Central americano, na cidade de Jackson Hole, nos Estados Unidos, com a presença de líderes de bancos centrais de todo o mundo.  Cristine Lagarde, a presidente do Banco Central europeu confirmou a sua presença, para dar maior peso à reunião, que tratará do rumo da maior economia do mundo, os Estados Unidos.  

     O presidente do FED, anuncia o crescimento econômico do país, com o Produto Interno Bruto aumentando a uma taxa anualizada de 2,4% no último trimestre, conforme o Departamento de Comércio, acima da expectativa do mercado.  Por outro lado, a maioria dos analistas do mercado, acha que a inflação estará acima de 3% até o final deste ano, com sinalização de queda.  

          Enquanto isso, na África do Sul, encerra a conferência da cúpula do BRICS, com inclusão da Argentina, Irã, Etiópia, Egito, Arábia Saudita e Emirados Árabes, sem nenhuma definição importante, a não ser a ampliação dos membros do bloco, liderado pela China, a segunda maior economia do mundo.   Na reunião da cúpula, o Presidente Lula propôs ingerência do bloco no Conselho de Segurança da ONU, o que foi ignorado pelos demais membros.   Também, foi ignorado pelos membros da cúpula, a criação da "moeda alternativa" ao "dólar americano", nas transações comerciais entre os países do bloco.  Ficou estabelecido que as transações se farão pela opção de moedas estabelecidas entre partes. 

          No meu entender, a reunião do FED, Banco Central americano, é uma forma de mostrar ao mundo de que o dólar americano, US$, continuará sendo a moeda referência para transações comerciais e financeiras internacionais, em vigor desde a Conferência de Bretton Woods, realizada no mês de julho de 1944, que estabeleceu as regras para o sistema monetário internacional.

            Até entendo a tentativa do Presidente Lula de querer ocupar o protagonismo na conferência da cúpula do BRICS, ao tentar interferir no Conselho de Segurança da ONU e na proposição da criação de uma moeda alternativa ao dólar americano.  Com adesão de novos membros, aliados dos Estados Unidos, as tentativas propostas pelo Presidente Lula, estão longe de serem alcançados.    

            Dentro do contexto, o Banco Central do Brasil, age em sintonia e em conformidade com as decisões do FED.  No mercado financeiro global, não permite amadorismo ou um "sonho de verão".  Há que ser realista e ter o "pé no chão" para tirar proveito das regras do mercado, ocupando cada vez mais, o espaço de um dos maiores fornecedores de commodities.  

               Ossami Sakamori



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