A última notícia vindo do exterior, é que a China está entrando em "estagnação". Para o Brasil que depende de exportações de commodities para aquele país, a notícia não poderia ser pior. O nosso País é dependente das exportações de minério de ferro e de produtos agropecuário para a China. Pior notícia não poderia ser para o Brasil que depende cada vez mais da parceria chinesa.
A crise do setor imobiliário continua agravando na China, após a quebra da maior incorporadora da época, o Evergrande, em passado recente. A notícia não poderia ser pior. A grande incorporadora, sobrevivente, a Country Garden, registrou declínio de 96% nos lucros do primeiro semestre, sem perspectiva de melhora no restante do ano. Isto é apenas retrato da estagnação da economia chinesa, que, como Estado sobrevive até a volta do crescimento econômico do mundo.
O grande consumidor de commodities, que vai de produtos agropecuários ao minério de ferro, com estagnação da economia, com certeza, a China deverá restringir as compras. O Brasil é o grande, senão o maior prejudicado com retração da economia chinesa.
A China em si, como um país socialista, de partido único, a retomada à normalidade poderá ocorrer num prazo curto, em dois ou três anos. O resultado da economia chinesa, não será diferente, no futuro próximo. A China é o maior exportador de seus produtos para os Estados Unidos, União Europeia e para a Rússia, seu vizinho, com ou sem "crise econômica".
Enquanto, para o Brasil, a consequência é de extrema gravidade, que recentemente, considerou a China como "parceiro preferencial". Para se ter ideia, em 2021, o PIB americano respondia por US$ 23,32 trilhões, enquanto a china respondia por US$ 17,73 trilhões, seguido de Japão com US$ 4,93 trilhões. No mesmo período, o Brasil respondia com US$1,61 trilhão em PIB.
Apesar da situação de retração da economia, a China tem reserva cambial de US$ 3,200 trilhões enquanto o Brasil tem reserva cambial de R$ 350 bilhões. A notícia é que o Banco Central chinês, está reforçando a sua reserva cambial em US$ dólares. A situação da economia global é bem diversa daquele imaginado pelo Presidente Lula, que critica o padrão de comércio mundial em US$, dólares e declarou fazer aliança com a China e fazer a moeda chinesa, "yuan", como padrão de transações entre os países do bloco BRICS. Enquanto o Presidente Lula está indo na direção da China, a China está indo na direção dos Estados Unidos, seu maior parceiro comercial.
Infelizmente, os formuladores da economia no Brasil, os ministros Fernando Haddad e Simone Tebbet, sofrem de miopia profunda, guiando o Presidente Lula na contramão do mundo, numa situação de subserviência ao Xi Jinping.
Ossami Sakamori
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