quarta-feira, 16 de agosto de 2023

A alta dos combustíveis do Governo Lula

 

Vocês devem se lembrar da imagem acima, postado neste blog, há mais de um mês, sobre a iminência da alta do petróleo no País, sobretudo, em função do acordo de produção do petróleo pelo OPEC e a iminência da alta de petróleo no mercado global.  Dito e feito, a Petrobras anuncia, com defasagem de um mês, a alta dos combustíveis para as distribuidoras de combustíveis no País.

              A alta dos combustíveis foi "segurada" pela Petrobras, até ontem, para atender a política econômica do Governo Lula, de subsídios aos setores onde alcança as mãos do Governo federal.   Em consequência, os lucros da Companhia despencaram, neste período, e as ações da Petrobras voltaram a ser os patinhos feios do mercado financeiro.

            Neste período, entre o anúncio do OPEC até ontem, o petróleo do tipo Brent, que são aquelas que as refinarias no País tem condições de processar, houve aumento de cerca de 10%, com tendência de novas altas, em razão da contenção voluntária de fornecimento do petróleo ao mercado mundial pela Arábia Saudita, dono da maior reserva de petróleo do mundo, seguido de Venezuela.

            Convém lembrar que a Petrobras não produz petróleo do tipo Brent, igual daqueles da Arábia Saudita.  A Petrobras extrai petróleo do "pré-sal" cuja característica é do tipo TWI ou tipo pesado, enquanto as refinarias instalados no País processa somente o petróleo do tipo leve, o Brent.  Desta forma, a Petrobras vende o seu petróleo, o do tipo TWI e compra no mercado internacional o petróleo do tipo Brent, a mais nobre, fazendo o verdadeiro "passeio" de petróleo.  

            O petróleo é commodity, sendo assim, o seu preço obedece ao sabor do mercado internacional, extremamente controlado pelo "cartel de petróleo", a OPEC.  Brincar com o petróleo, querendo controlar o seu preço, é um risco desnecessário, sujeitando a Petrobras a levar prejuízo, num setor que é altamente lucrativo.   Para se ter ideia, na maior economia do mundo, os Estados Unidos, o preço do petróleo é reajustado a cada oscilação de preços no mercado global.    Lá, o povo paga o preço "real", atualizado a cada oscilação do preço, na alta e na baixa.  

           Este filme o de "controlar o preço do petróleo" no mercado interno, já vimos no passado recente, no período 2014/2015, em que a Petrobras amargou prejuízo enorme num setor altamente lucrativo e teve que se aventurar num endividamento sem precedente, que quase quebrou a Petrobras.

             A alta do petróleo, que será repassado ao consumidor à partir de hoje, representa o resultado da política de preços, "não atrelada"  ao preço internacional do produto.  É mais uma "jaboticaba" inventado pelo Governo federal, dito socialista, a socialização dos prejuízos!

            Ossami Sakamori 

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