quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Somos os anões do mundo global

Tem alguma coisa errada no Brasil, de todos nós.  Não sou cientista político para analisar o espírito do povo brasileiro, do qual faço parte, um tanto quanto "retrógado", para não dizer "atrasado".  Acompanho a trajetória política e econômica do País, ao longo de  8 décadas.  Infelizmente, sou obrigado a admitir que o Brasil faz parte do "terceiro mundo", para  não afirmar que somos um país que, infelizmente, ocupa a "rabeira" do mundo em quase todos os setores da ciência e da economia.
           Somos um povo "indolente", incapaz de "criar" novidade no campo de ciência e tecnologia, apesar de possuirmos mão de obra capacitado para competir com o mundo global.   Somos exportadores de mão de obra qualificada, de jovens que se formam nas renomadas e antigas universidades públicas brasileiras.  Formamos doutores em ciências em quase todos os setores da economia global.   No entanto, tem alguma coisa errada, ao olho visto pela população nesta discrepância ou incoerência.
           Tenho visto, nos principais meios de comunicação, propaganda de "carro popular chinês", que está a dominar o mercado brasileiro, uma vez que, as montadoras "estrangeiras" como a Ford e a Volkswagen estão deixando de produzir veículos no País, pela complexidade de leis tributárias e trabalhistas.    Infelizmente, o País herdou dos colonizadores portugueses, a burocracia retrógada que impede o desenvolvimento sustentável e competitivo do País.   É de tradição, que vem dos portugueses, os políticos brasileiros são especialistas em criar novas leis e regras, não só para a população, mas sobretudo para o setor produtivo do País, que atravanca o desenvolvimento científico e tecnológico. 
            O Brasil não foi feito para população que quer ver o País inserido no mundo global, senão, para fornecer mão de obras e os insumos necessários para desenvolvimento de outros países, mas não o nosso.   Somos considerados como um dos maiores fornecedores de commodities agrícolas e minério de ferro, a marca do baixo desenvolvimento tecnológico.  Exportamos em "toneladas" de produtos primários e importamos em "gramas" de produtos de alta tecnologia.   
           Enquanto isto, o Presidente Lula participa de reunião dos países caribenhos, do 'terceiro mundo", ao invés procurar associações com os países desenvolvidos do Primeiro Mundo, afim de absorver tecnologias de ponta pelas nossas indústrias "genuinamente" nacionais.
               Infelizmente, o Brasil continua sendo um país míope que não enxerga nem as suas próprias deficiências.  Somos os anões do mundo global.  
      PS: Certa vez, vi anedota dos portugueses, contado por eles próprios, afirmando que são necessários "licença" de 16 órgãos para abrir um "boteco" de esquina. 
 
               Ossami Sakamori      

Um comentário:

Anônimo disse...

são necessários "licença" de 16 órgãos para abrir um "boteco" de esquina. Convivo com essa realidade diariamente, órgão como junta comercial prefeitura e sefaz são travas no desenvolvimento do país..