Apenas como referência, o PIB de 2022, dos Estados Unidos é de US$ 26,95 trilhões, o da China no nível de US$ 17,7 trilhões, seguido de Alemanha e Japão, respectivamente com US$ 4,43 trilhões e US$ 4,23 trilhões. Dentro do mesmo critério, o PIB do Brasil em 2022 foi de US$ 1,92 trilhão. O PIB do Brasil para o ano de 2023, deve alcançar US$ 2,08 trilhões, segundo dados disponíveis.
Para o Brasil, o desempenho da economia chinesa é crucial, porque depende das exportações de commodities para aquele país do oriente. A China é o principal comprador de produtos agropecuários e de minério de ferro. Com expectativa de menor crescimento, em relação aos anos anteriores, os preços destes produtos devem enfrentar os viés de baixa. A preocupação do setor agropecuário não será sobre a safra de verão, mas para a próxima safra, a do inverno. O minério de ferro, nem tanto, porque os contratos de venda são de longo prazo.
Para o Brasil, o desempenho do setor agropecuário é importante na formação do PIB do ano, pois que o setor representa cerca de 1/3 do PIB. A expectativa de crescimento econômico do País, robusto para 2024, diante das notícias vindo da China, não se repetirá aos dos anos anteriores.
Eu tenho chamado atenção de que o Governo Lula não apresentou, até este momento, uma "política econômica", que atenda todos os setores da economia: indústria, comércio e serviços. O governo do Presidente Lula, baseia o crescimento econômico do País, no PAC, Plano de Aceleração de Crescimento. PAC é um conjunto de gastos do Governo federal, em infraestrutura, muitos sob encargo da iniciativa privada e em longo prazo, mas longe de ser uma "política econômica".
Para o setor produtivo do País, diante da conjuntura econômica global, recomendo muita cautela nos investimentos, diante da desaceleração da economia dos dois principais atores globais, os Estados Unidos e a China. O País dentro do contexto é apenas "espectador" dos acontecimentos globais. Como sempre, o Brasil anda no viés dos ventos que são soprados pelas maiores economias do mundo.
Já que que o Governo brasileiro não traça uma "política econômica", consistente, com viés de médio e longo prazo, os empresários que tem liquidez, devem aplicar as reservas em títulos do Tesouro Nacional, esperando os melhores dias.
Acorda, Fernando Haddad !
Ossami Sakamori
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