Entrei na Escola de Engenharia da UFPR em 1964, exatamente no ano do "golpe militar". Eu, recém universitário, o que vi é que os tanques de guerra, os de verdade, estavam na rua, ocupando posições estratégicas da cidade. Ouvia-se a notícia de que havia adesão de todos comandantes do Exército, os ativos, diga-se de passagem. A sequência, todos vocês sabem o ocorrido contadas e registradas nos anais da história do País.
Os golpistas, comandante do Exército, nomearam o general Humberto de Alencar Castelo Branco, para ocupar o comando do País, com sua conhecida "mão de ferro". Os episódios da Revolução de 64, como ficou conhecido, estão nos anais da história do Brasil. Convém, relembrar, para que nunca mais ocorra fato como este ocorra num país, dito, democrático. As regras de convivência estão na Constituição de 1988, para quem ainda não as conhece.
O suposto "golpe de Estado", objeto de noticiário da imprensa, como se assim narrado, tem até "minuta do golpe", deixado sobre a mesa, diz o noticiário, sobre à mesa do ex-presidente, numa sala do partido que pertence o ex-presidente. É para rir ou para chorar? Outro destaque dado pela grande imprensa é uma "pepita" de ouro, que supostamente, veio de terras indígenas, na sala do presidente do partido a que pertence, também, o ex-presidente. A pepita não deve ser de grande valor, para ser deixado sobre a mesa de trabalho.
Não estou a duvidar nada do que a grande imprensa cobriu e comentado enfaticamente, como sendo a descoberta de um grande "golpe de Estado". Chego a conclusão de que ou a imprensa ou exagerou nos seus comentários com narrativa de um suposto golpe militar ou os supostos "golpistas" deveriam fazer reciclagem nas suas aulas para não exporem ao "ridículo" pela grande imprensa. Cabe aos jornalistas, recém-formados, estudarem melhor a história do Brasil, sobretudo sobre "golpe militar" e "regime militar" de 1968. Eu os presenciei e vivi os momentos de muitas injustiças cometidas contra população civil, que não espero, ainda em vida, não viver novamente, as mesmas injustiças cometidas durante o "regime militar de 1968".
Eu, beirando os meus 80 anos, ex-professor da UFPR, esperava e espero que a população brasileira, os reles cidadãos, pagadores de impostos, sejam informados corretamente, pela grande imprensa, sobre o episódio de ontem, para que "ela própria" faça o seu "juízo de valor", sem as interpretações "espetaculosas" sobre a ocorrência de ontem.
Enfim, é o País que temos: É tudo carnaval !!!
Ossami Sakamori
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