sábado, 17 de fevereiro de 2024

Brasil e o elo perdido

 

Foi-se o tempo em que a poderosa Federação das Indústrias de São Paulo influía no destino da economia do País.  A última aparição da FIESP foi à época das eleições presidenciais, onde, na oportunidade, a FIESP deu apoio explícito ao nome do Lula da Silva ao posto de Presidente da República.  De lá para cá, a antes poderosa entidade que representa o setor importante da economia do País, o setor industrial, está ausente nos debates sobre a política econômica ou ausência desta e muito menos sobre a política fiscal do Governo federal.   A FIESP finge de "surdo mudo".

              O primeiro presidente da FIESP foi o então poderoso Francisco Matarazzo que deu início ao setor industrial no País, na gestão 1928/1931.  De lá para cá, passaram pela direção da Entidade, nomes como do Roberto Simonsen (1938/1946), Luís Eulálio de Bueno Vidigal (1980/1986), a quem fui conhecê-lo pessoalmente e o penúltimo presidente, Paulo Antônio Skaf (2004/2015).  O atual presidente da FIESP é o empresário Josué Christiano Gomes da Silva (2022/2025), do setor têxtil, a Coteminas.  

           O poderoso empresário Josué Gomes da Silva é filho do então Vice-Presidente do então, Presidente Lula, nas primeiras duas gestões, o José Gomes de Alencar.  Nem é preciso dizer o porque do "apoio explícito" do presidente da FIEXP à eleição do Presidente Lula em 2022.   Porém, no meu entender, não justifica, até então, a poderosa entidade que representa o setor industrial do País, se ausentar nas proposições e discussões sobre o rumo do País, sobretudo no setor que representa, o setor industrial.   Há ausência de debate público sobre o rumo do País.

       Não precisaria a este simples comentarista da macroeconomia, ficar, exaustivamente, martelando para que o Presidente Lula, apresente, apesar de muito atraso, a "política econômica" do Governo Lula III, para que o empresariado brasileiro, inclusive os associados à FIESP, tenha o "norte" a seguir, nos seus projetos de expansão industrial, que poderiam criar milhares de empregos e substituir as importações de produtos oriundo da China.   

      Vamos explicar que, para cada importação, o País deixa de criar empregos para a sua população.  Mão de obra qualificada, conforme matéria antecedente, o Brasil tem até para exportar aos países do Primeiro Mundo.   O que falta no País é uma "política econômica" que "inclua" esse contingente de pessoas qualificadas.  Fica claro, então, que a FIESP é "conivente" com a atual situação do País.

             Enfim, a então, poderosa FIESP é, hoje, apenas uma "peça" do "jogo político" do Presidente Lula.  É uma pena ver esta situação acontecer num país com tanta riqueza e potencialidade para o crescimento sustentável e fazer do País, parte do G7, o grupo dos mais poderoso do mundo moderno.

                Ossami Sakamori   

                 


2 comentários:

Anônimo disse...

Todas as federações e confederações fazem parte do jogo politico

Anônimo disse...

Belo e pertinente comentário 👏👏👏Eu tinha até esquecido desta omissão proposital da Fiesp !!!🤝🤝🤝🤝🤝