segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

Brasil ao léu, ao sabor dos especuladores financeiros

 

As lideranças políticas do País não estão enxergando a atual situação econômica global, pelo puro desconhecimento da realidade ou pela esperteza em ignorar o assunto e jogar a "bomba" para frente, na esperança de que tudo melhore no futuro próximo.   Caberia ao Ministério de Planejamento e ao Ministério da Fazenda, elaborar uma "política econômica" do País, de médio a longo prazo.  Pelo que estamos à assistir, os ministérios responsáveis "correm atrás" para fechar o "buraco" do Orçamento Fiscal do ano em curso.    

            Enquanto isto, a economia global está entrando na fase do "desaquecimento", provocado sobretudo pela China, que pisou no freio para fazer os ajustes na economia interna, com menor crescimento em relação aos anos anteriores.  Desde 1989, a taxa média de crescimento tem sido de 9% ao ano.  Em 2023, a taxa de crescimento deve ficar perto dos 4,5%, que, ainda assim, deve superar o crescimento das principais economia do mundo como Estado Unidos, União Europeia, Reino Unido e Japão. 

            Sem entrar em detalhes por setores da economia brasileira, podemos, sem medo de errar, que o Brasil será um dos países mais afetados pela desaceleração da economia chinesa, em razão dos principais produtos de exportação brasileira, os produtos primários como agropecuários e minério de ferro são direcionados à segunda maior economia do mundo.   

           Para vocês terem melhor noção da participação de cada país na economia global, segue abaixo a lista dos maiores economias do mundo, o G7. 

1. Estados Unidos – US$ 26,95 trilhões.

2. China – US$ 17,7 trilhões.

  • 3. Alemanha – US$ 4,43 trilhões.
  • 4. Japão – US$ 4,23 trilhões.
  • 5. Índia – US$ 3,73 trilhões.
  • 6. Reino Unido – US$ 3,33 trilhões.
  • 7. França – US$ 3,05 trilhões.

             Nesta listagem, o Brasil aparece como 9ª economia do mundo, com PIB estimado em US$ 2,13 trilhões, muito abaixo da 7ª economia do mundo, que é a França.

       Com desaceleração da economia mundial, sobretudo da China, a economia brasileira, que depende sobretudo das exportações de commodities,  deverá sentir os efeitos da evolução da economia global, em tempo real.  

            Caberia ao Ministério do Planejamento e ao Ministério da Fazenda, elaborar uma "política econômica" para o País, que englobe a "política fiscal" responsável do Governo federal, mostrando, claramente, quais são os objetivos do País.   Uma "política econômica", que obedeçam as novas tendências da economia global e que atendam os anseios da classe produtiva brasileira, incluindo neles, os setores primários, de serviços e do setor industrial. 

            Dentro deste contexto, é necessário e urgente que o atual Presidente da República, Lula da Silva, tome à frente de uma "política econômica", muito além daquele de atender apenas à população do seu "curral eleitoreiro".   Falta visão de estadista ao Presidente Lula, para que o setor produtivo brasileiro não fique ao léu, ao sabor dos especuladores financeiros.

           Ossami Sakamori         

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