A inflação anual de 2022, no último ano do governo Bolsonaro, fechou em 5,79%. A inflação dos últimos 12 meses, terminado em maio, acusou, pelo mesmo critério utilizado pelo IBGE, em 3,79%, numa visível tendência declinante comparado com dados anteriores. Grande parte do resultado da inflação é devido à política monetária ortodoxa do Banco Central, mantendo a taxa básica de juros Selic em 13,75% ao ano, desde junho de 2022, cujo spread é exageradamente superior ao do índice de inflação presente.
Definido os gastos públicos deste ano pelo Governo Lula e aprovado pelo Congresso Nacional, com déficit primário ao redor de R$ 150 bilhões no Orçamento Fiscal de 2023, num universo de Gastos Públicos de R$ 3 trilhões e decorrido quase 6 meses do ano de 2023, há espaço para o Banco Central, baixar a taxa básica de juros Selic, dos atuais 13,75% para terminar o ano de 2023, se mantido a atual tendência da inflação, com corte de 4% a 4,5% na taxa Selic, terminando o ano, mantido a tendência atual, em um dígito ou entre 9,25% a 9,75% em dezembro.
Atualmente, o Brasil pratica a taxa básica de juros reais, a mais alta do grupo dos 20 países mais desenvolvidos do mundo, causando fluxo positivo de investimentos especulativos estrangeiros, dando a "falsa" impressão de prosperidade aos investidores nacionais e à população.
A guerra, pela imprensa, entre Campos Neto, presidente do Banco Central e o Presidente Lula só tem atrapalhado a execução de uma boa e segura política monetária, isento de influências internas e externas.
Ossami Sakamri
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