quinta-feira, 22 de junho de 2023

Brasil, o país do "terceiro mundo"

 

Ontem, o COPOM do Banco Central do Brasil estabeleceu a taxa básica de juros Selic em 13,75%, mantendo a taxa que vigora desde junho de 2022.  Na minha opinião, apesar de possuir uma margem de recuo na taxa básica de juros, o Banco Central preferiu manter uma política monetária contracionista, apesar da inflação corrente no País estar abaixo de 5%.  

           Sou voz destoante no meio da quase unanimidade do mercado financeiro e dos analistas econômicos, de manutenção da taxa básica de juros, Selic, nos atuais níveis de 13,75% ao ano, ou porque desconhece a teoria macroeconômica ou por interesse próprio em manutenção da taxa de juros incompatível com a inflação corrente.   Seja como for, o Brasil é o país do mundo global que paga a maior taxa básica de juros dentre os respectivos Tesouros Nacionais.   Ao meu ver, o "componente político" adentrou ao Banco Central, uma disputa entre a "direita" e a "esquerda", abominável num mercado financeiro saudável.

          Etapa vencida, hoje, quero chamar atenção de vocês, os leitores das minhas modestas opiniões, para uma "possível  situação" de desconforto no mercado financeiro internacional, observando as movimentações nas políticas econômicas e financeiras de países do primeiro mundo.  O horizonte do mercado financeiro global está com nuvens negras.  Este blog já tinha previsto em fevereiro de 2022: É iminente maior crise financeiro desde 2008 , o que infelizmente, acabou acontecendo no mercado financeiro global e está longe de terminar.

          Hoje, volto a fazer uma "nova alerta" aos que acompanham os comentários deste blog, que há iminente recrudescimento da crise econômica global, antes mesmo de sair da crise que fiz referência em fevereiro de 2022.  Os sinais, são as inflações aos níveis não vistos nos países do primeiro mundo, ao entorno de 5% ao ano e consequente taxa de juros básicos, a deles, aos níveis acima da inflação, o que é compreensível, dentro da teoria macroeconômica em vigor, no mundo global, exceto nos países onde não há democracia. 

            No mercado financeiro doméstico, há entrada de investimentos estrangeiros especulativos, em busca de taxa básica de juros Selic, do Tesouro Nacional, "a mais alta do mundo", provocando "valorização artificial" do "real" frente ao "dólar", dando sensação de que a "política econômica" do Governo Lula está no caminho certo e trazendo uma "sensação" de que o Brasil é uma ilha de prosperidade, o que não traduz a realidade, visto de quem tem pelo menos a mínima noção da macroeconomia.

           Brasil é, na minha opinião, como uma "ilha de fantasia", de um achando que está enganando o outro,  referindo-me à queda de braço doméstico entre o Executivo e o Banco Central.  Isto só mostra que o Brasil, ainda é um país do "terceiro mundo".   O País está e continua a estar, a muitos "anos-luz" de distância dos países do primeiro mundo, infelizmente.

           Ossami Sakamori

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