Desde a sua independência há mais de dois séculos, o Brasil é tão somente provedor de matérias primas e alimentos para os países, ditos, do primeiro mundo. Continuamos sendo o quintal do mundo. Se antes era considerado quintal dos Estados Unidos, o atual governo se resigna em ser o quintal dos chineses, sem desmerecê-los da cultura e comportamento desses povos. Muito pelo contrário, ambos países deveriam ser exemplo para o Brasil.
Se, no passado recente, o País era exportador de alguns minerais, abundantes no País, passou a ser exportador de minérios e de produtos agropecuários, em forma bruta, sem agregar a mão de obra, abundantes no País. O Brasil, além de produtos primários é, também, exportador de mão de obra para os países do primeiro mundo como os da União Europeia e ao Japão. O País, também, por incrível que possa parecer, é exportador de "talentos" formados nas universidades públicas e privadas do País.
Com tanta riqueza material e humano, o País padece de industrialização dos seus produtos, antes de ser enviado para os clientes do primeiro mundo. É incrível que um País com tanta potencialidade esteja exportando, de soja em grãos, farelo de soja, de minério de ferro, em forma não processada. Em contrapartida, importamos produtos acabados, desde os mais simples telefones celulares aos componentes mais elaborados como semicondutores. O Brasil parou no tempo!
Nessa semana, o Governo federal anunciou incentivo fiscal para "desovar" veículos nos pátios das poucas montadoras que ainda persistem em ficar no País. Para se ter ideia, o setor automobilístico já produziu 3,8 milhões de veículos anuais no Brasil. Hoje, a produção de veículos não passa das 2 milhões de unidades.
Não adianta o atual Governo anunciar medidas pontuais, como o "arcabouço fiscal", que nada mais é do que "política fiscal", que disciplina os gastos públicos. É certo que o tamanho do Estado é importante para atender os menos assistidos da população, mas, as medidas sociais não se sustentam se não houver crescimento robusto do PIB do País.
Caberia, em tese, ao Ministério de Planejamento, na pessoa da Simone Tebet, junto com as entidades representativas do setor produtivo a formatação da "política econômica" que sirva de "farol" para o setor produtivo com vista ao desenvolvimento econômico sustentável do País.
Ossami Sakamori
Um comentário:
Ossami , este texto para a dupla Fernando Tebet e Simone Haddad é “ grego “ , em resumo eles estão mais perdidos que “cego em tiroteio” . Grande abraço 🤗
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