Ontem, o Congresso americano aprovou a liberação da restrição imposta ao governo central, decorrente do endividamento público do Tesouro americano, causando um alívio para o presidente Biden, Democratas, e ao mercado financeiro, não só dos Estados Unidos, como também sobre as maiores economias do mundo.
Vale lembrar que os Estados Unidos, sozinhos, representam, grosso modo, 25% do PIB mundial, o que não é pouca coisa. Lá como cá, o Governo Biden, gastou mais do que podia, no início do governo Biden, com programa de governo com as despesas de US$ 1,9 trilhão, equivalente, grosso modo, a um PIB do Brasil.
Os Estados Unidos, se encontram numa situação inusitada, uma inflação que persiste em ficar em torno de 5% ao ano, sendo que o dólar americano é considerado referência para transações comerciais e financeiras ao redor do mundo. O FED, o Banco Central americano, tenta segurar a inflação, pagando juros de suas dívidas ao entorno de 5% ao ano, o que é um padrão "fora da curva". O FED, antes do Biden, captava os recursos pagando juros no entorno de 0,5% ao ano.
O Brasil é uma "cópia", até fiel demais, dos Estados Unidos. Os sucessivos governos, sobretudo o atual, tem feito "lambanças" com os gastos públicos, provocando "déficit primário", ou o rombo fiscal, o dinheiro que falta para cobrir as despesas do Governo federal, após a arrecadação de tributos, contribuições e tarifas. Diante da situação, semelhante aos Estados Unidos, o Banco Central do Brasil paga a taxa básica de juros da dívida do Tesouro Nacional, a taxa Selic, de 13,75% ao ano, desde junho de 2022.
Seja como for, o Tesouro americano tendo o dinheiro para pagar as contas do Governo Biden, o Wall Street respirou aliviado, transmitindo uma certa tranquilidade ao mercado financeiro global. Na abertura do mercado financeiro ao redor do mundo, estava operando em ligeira alta, "quase parando". O mercado financeiro global só vai voltar à normalidade, quando os russos forem readmitido ao sistema de compensação bancária, o SWIFIT e acabar com o boicote ao petróleo e gás proveniente da Rússia. Se depender do término de conflito entre Ucrânia e Rússia, para normalizar as relações comerciais e financeiras entre os países, a crise econômica e financeira global vai demorar para se restabelecer. E, o Brasil está no meio do tiroteio, e alinhando-se, na contra mão do mundo, com uma das piores ditaduras do planeta, a Venezuela.
Há muito o que fazer, para que o Brasil volte a ser um "futuro player" do mercado financeiro global. Dá-se a impressão de que o Brasil está "morrendo na praia", perdendo o "bonde da esperança".
PS: A bolsa de valores do País deve operar em ligeira alta, no mercado doméstico, acompanhando a tendência global.
Ossami Sakamori
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