segunda-feira, 19 de junho de 2023

Brasil, a jaboticaba do mundo!

 

A atual taxa Selic de 13,75% vigora desde agosto de 2022, cuja taxa anterior, a de junho daquele ano era de 13,25%.   Neste mesmo período, a inflação acumulado nos últimos 12 meses variou de 5,49% para 4,07%, esta última pela prévia do mês de maio, medida pelo IBGE.  

        O Banco Central pratica a política monetária, baseada em metas de inflação definido pelo CMN - Conselho Monetário Nacional.  Para o ano de 2023, o CMN prevê meta de 3,25% com flexibilização de 1,5% para mais ou para menos, ou seja de 1,75% a 4,75% para o ano de 2023.  

      Ainda, segundo o IBGE, a inflação acumulada em 12 meses, referência, mês de maio, cedeu para 3,94%, dentro da meta de 1,75% a 4,75%.  Considerado a inflação ao redor do mundo, a no Brasil está compatível com a média mundial.  Nos Estados Unidos, como referência, a inflação registrou 4,9% no mês de abril.   

           Enquanto nos Estados Unidos, a taxa básica de juros está no intervalo de 5% a 5,25%, o Banco Central do Brasil pratica taxa de juros Selic no mesmo nível de 12 meses antes, isto é, 13,75% ao ano.   A grande distância entre as taxas de juros americanos e brasileiros, está provocando distorções, como o dólar desvalorizado ou o real valorizado.  O Brasil está atraindo capital especulativo estrangeiro, aproveitando a diferença de taxa de juros de lá com a de cá, provocando a valorização do real ou desvalorização do dólar, numa situação inusitada. 

           Na minha opinião, o COPOM - Comitê de Política Monetária do Banco Central, deveria, já na próxima reunião, uma queda substantiva de taxa de juros Selic em 1,5%, trazendo a taxa Selic para 12,25% ao ano.  Os níveis de taxa básica de juros Selic, ao final do ano, deveria sofrer mais duas reduções de 1,5%, terminando o ano com a taxa Selic ao nível de 9,75% ao ano.   Ainda, assim, o Brasil estaria praticando a taxa básica de juros a mais alta do mundo global.   

           Já comentei em matérias anteriores sobre a briga entre o Banco Central e o Executivo, representado respectivamente pelo Campos Neto e Presidente Lula, é prejudicial ao País.  Espero que ambos, terminem com as discussões estéreis, prejudiciais ao País e que cada um cumpra o seu dever funcional.   Para mim, tanto o presidente do Banco Central como o Presidente da República são meros "empregados" do povo brasileiro.  Não são "reis" como eles se acham ser.

      E os comentaristas da área econômica, parem de dar palpites inúteis, prognosticando a baixa da taxa básica de juros Selic apenas para o mês de agosto ou setembro, sem nenhum estudos comparativos com o mercado financeiro global.  

        Enfim, a taxa básica de juros Selic deveria buscar a trajetória de baixa, a partir da reunião da próxima terça e quarta-feira, se prevalecer o bom senso dos membros do COPOM.   É urgente que o Brasil pare de ser a "jaboticaba" do mundo, que chupa e deixa o bagaço !   

            Ossami Sakamori

           

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