domingo, 4 de junho de 2023

Política econômica do boteco.

 

Bom domingo para todos! Como faço todos os dias, dou uma olhada nas notícias da grande imprensa e faço minhas análises sobre a economia global, sem perder de vista a economia brasileira.   O meu olhar sobre a macroeconomia é o mesmo de um leigo, até porque eu não sou formado em ciências econômicas e sim em ciências exatas, a engenharia civil.

         Reiteradamente, tenho afirmado que a política econômica, que o Governo Lula insiste em tratar como "arcabouço fiscal" ou "marco fiscal" à gosto de quem quer entrar numa "roda de conversa" como se fosse um especialista em macroeconomia,  que é uma verdadeira "colcha de retalhos", como aquela que se via nos tempos duros do Brasil colônia.  Com a leitura dos meus comentários, pelo menos, vão entrar na conversa pelo menos com o mínimo de base macroeconômica.

        Para quem tem, pelo menos, a mínima noção do que seja a macroeconomia, o "arcabouço fiscal" ou "marco fiscal", nada mais é do que a "política fiscal" ou a "fiscal policy"como entenderiam um analista econômico do mundo global.

         O Governo Lula, até o momento, padece da "ausência" de uma "política econômica", que é diverso da "política fiscal", consistente e clara, que englobaria as regras econômicas claras do que um amontoado de medidas econômicas, "inventadas" às pressas, para atender medidas "pontuais" do setor econômico privado, que emana da Avenida Paulista (sede da FIESP).  

        Ao que parece, com cinco meses do Governo Lula, não há "política econômica" que mostre o "norte" para as empresas privadas poderem fazer o planejamento e fazer os investimentos de médio e longo prazo.  Sem "política econômica" clara, o do governo anterior espelhava na "liberal" do Milton Friedmann da Universidade de Chicago, o atual ministro da Fazenda, um advogado e a ministra do Planejamento, uma militante político e professora universitária, presumo que nem tem noção do que seja "política econômica", apenas, se preocupam em apresentar a "política fiscal" que se referem aos gastos do Governo federal incluído Previdência Social.

         A política econômica, não poder ser apenas incentivo fiscal temporário para o setor automotivo, por um determinado período.   O arcabouço fiscal ou o marco fiscal não é política econômica, mas é parte da atividade econômica do País, representando cerca de 33% do PIB. 

         Felizmente, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, PP/AL, tem desempenhado a função de "Primeiro ministro", sem o ser.  Os principais projetos encaminhados pelo Executivo tem merecido atenção e "repaginado" com alterações que se fazem necessários para adequá-los à legislação e melhor implementação, não fugindo das regras do Orçamento fiscal, com os "déficits primários" ou o "rombo fiscal", que o País não consegue livrá-lo desde a crise econômica/financeira de 2014/2015. 

        Sem um plano econômico definido que engloba o setor produtivo e o setor público, o Brasil é um nau sem rumo, desviando tão somente de imenso iceberg que permeia a economia global.   Tocar o Brasil como se fosse administrar um boteco da esquina, a chance de crescer vertiginosamente é mínima.  

         Ossami Sakamori      


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