sábado, 24 de junho de 2023

Lula se acha o "dono do mundo"

 

O Presidente Lula participou da "Cúpula para um novo Pacto Financeiro Global", em Paris, nessa sexta-feira, dia 25 e como ponto culminante do seu pronunciamento, prometeu "desmatamento zero" até 2030, longe o suficiente para fazer retificação do prazo no seu devido tempo.   Presidente Lula expôs sua ideia, atirando petardo em todas as direções, sem levar em conta a posição geopolítica de cada país.   Presidente Lula, volta convencido que ele é o "centro" do mundo global.  

          O tema do discurso preferido por ele, o Presidente Lula, de críticas ao mundo global como sendo o único, os países do primeiro mundo,  como vilão da situação de atraso do Brasil, sobretudo em relação aos Estados Unidos e membros da União Europeia.  Foi uma atitude descortês, que nada soma às relações diplomáticas e comerciais do Brasil com o mundo global.   Pelo contrário, os países do primeiro mundo são os maiores compradores dos produtos brasileiros, sobretudo dos produtos primários de baixo valor agregado.

         No campo político, criticou a composição do Conselho de Segurança da ONU, no qual o Brasil é membro participante, num rodízio, que vai até o fim deste ano.  Lula pleiteia ampliação do membro permanente, composto por 5 maiores potencias bélicas mundiais do mundo.  Criticou o FMI - Fundo Monetário Internacional, do qual o País já se socorreu.  Criticou o BID, o BIRD,  que são órgãos de fomentos para com os  países do terceiro mundo, do qual o Brasil já recorreu e vem recorrendo em várias oportunidades para financiar obras de infraestrutura do País.   

        Presidente Lula, criticou a "dolarização" da economia global, cujo padrão foi estabelecido e aceito pelo mundo global em 1945, estabelecido em Bretton Woods (USA).  Para quem não conhece o assunto, a "dolarização" da economia global, é um facilitador para transações comerciais, de mercadorias e serviços entre os países do mundo global, via sistema de compensação SWIFT.   Anunciou, ainda, o Presidente Lula de que os países que compõe o BRICS, pretende criar uma moeda para transação comercial e financeira entre os membros do bloco comercial, o "yuan", a moeda chinesa.  Para melhor entendimento, o que o Presidente Lula propõe é sair do colo de um (sistema) e cair no colo de outro (sistema).

           Presidente Lula criticou as penalidades que a União Europeia impõe para firmar o acordo comercial entre União Europeia e Mercosul, sendo que o aditivo ao possível acordo foi assinado por ele, Presidente Lula, no Palácio do Planalto, imagina-se concordando com os termos do aditivo,  quando da visita do Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

          Presidente Lula, jogou para satisfazer a sua plateia doméstica, o seu eleitorado, em total confronto com os países do Primeiro Mundo, incluindo os países exportadores de petróleo, a Arábia Saudita.  Sintomaticamente, o príncipe da Arábia Saudita, para não desagradar os clientes do mundo ocidental, em sua maioria presentes na Cúpula, desmarcou o jantar que tinha marcado para aquela noite.   No mundo diplomático, todo gesto tem um significado, tal qual a ausência do Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia a uma reunião pré-agendada com o Presidente Lula no G7 em Hiroshima.  

         Há um visível "despreparo" do Presidente Lula nos tratos da diplomacia brasileira, apesar de ter sido Presidente da República por dois mandatos consecutivos.   A geopolítica neste interregno de tempo mudou e o Presidente Lula, ainda não se deu conta que o mundo mudou.  Ele pensa e age como nos dois períodos anteriores, de 2003 a 2010, estagnado que ficou no tempo.   Presidente Lula, carece de um curso de atualização da geopolítica mundial. 

           Ossami Sakamori 

             

 

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