Ontem, foi um dia patético, para Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e ao vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.
Para a ministra do Meio Ambiente, o Presidente Lula deu oportunidade à ministra Marina Silva falar aos convidados, cerca de 200 pessoas, no Palácio da Alvorada, fazer discurso alusivo ao dia do meio ambiente, para defender os objetivos da sua pasta que vai administrar cerca de R$ 1 bilhão para cuidar do bioma Amazônia e órgãos vinculados à sua pasta, como Ibama e o patrimônio florestal do Instituto Chico Mendes. O dinheiro destinado ao Ministério do Meio Ambiente, mal dá para manter os funcionários lotados na sua pasta. Imagina querer desenvolver algum projeto ambiental com a sobra de recursos da Pasta. Enfim, a ministra do Meio Ambiente deve sofrer de uma profunda "miopia", para não saber avaliar o tamanho da responsabilidade que ela assumiu com um "quirela" de verba do Orçamento Público federal. Enfim, a vida é dela, mas a Amazônia continuará padecendo por falta de cuidado do Governo federal.
Quem passou por grande vexame é o vice-Presidente, Geraldo Alckmin, que tinha anunciado "incentivo fiscal" para indústria automobilística, com desonerações total ou parcial de impostos federais. Não foi o que aconteceu. O Governo federal vai dar "subsídio parcial" para as montadoras, no valor de R$ 5 mil para cada unidade vendida, dos veículos em estoques nos "pátios" das montadoras, cujo valor de venda seja igual ou menor do que R$ 100 mil, seja ele automóvel, furgão, ônibus ou caminhões, saindo dos patios das fábricas. O programa tem duração limitado por 120 dias e o total de desembolso limitado a R$ 1,5 bilhão.
O incentivo fiscal às montadoras, que seriam destinados à retomada da atividade produtiva, acabou em medida "capenga" que atente tão somente ao problema imediato de estoque de veículos em pateos. O valor destinado ao programa, pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, será de no máximo R$ 1,5 bilhões, em volume total, que é um valor ínfimo, se considerar o montante de recursos que as montadoras geram na cadeia produtiva do setor. Na realidade, o dinheiro liberado foi uma espécie de "tapa boca" ao vice-Presidente, Geraldo Alckmin. Igual fez o Presidente Lula para com a ministra do Meio Ambiente, com a honraria de fazer discurso de meia hora no Palácio da Alvorada.
Assim, continuo afirmando que não há "política econômica" no Governo Lula. Espero que o ministro Fernando Haddad e a ministra Simone Tebet, estejam pensando que o "marco fiscal", que é a "política fiscal", seja a "política econômica" do Governo Lula. Cada coisa, uma coisa.
PS: O gasto do Governo federal, anual, é ligeiramente superior a R$ 3 trilhões.
Ossami Sakamori
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