sábado, 3 de junho de 2023

Setor produtivo com barba de molho...

 

O motor da economia do País é o setor industrial, que emprega maior parte da mão de obra qualificada.  Segundo IBGE, a produção industrial no Brasil caiu 0,6% de março para o abril.  O recuo acontece depois de avanço de 1,0% no período anterior, de fevereiro para o março, que tinha interrompido as quedas de dois meses anteriores. 

         Neste ano, a produção industrial acumula a queda de 1,0% e em doze meses, a variação é negativa em 0,2%. O Brasil está "quase parando".  

         As principais influências negativas vieram de produtos alimentícios (-3,2%), máquinas e equipamentos (-9,9%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,6%).  Enfim, o índice negativo é puxado pelo setor industrial, seguido pelo setor alimentício.  Desta pequena amostra, dá para tirar a primeira conclusão, de que o País está "quase parando", sobretudo no setor industrial, que é o carro chefe da contratação e demissão de mão de obra especializada, com salário médio alto em relação aos demais setores da economia brasileira.

        Nestes últimos 12 meses, o País mantém economia perto da estabilidade graças ao setor agropecuário, que representa, grosso modo, 30% do PIB - Produto Interno Bruto do País.  Por paradoxal que seja, o setor público, sobretudo o Governo federal, incluído Previdência Social, responde por cerca de 33% do PIB, diminuindo o impacto negativo à economia do País. 

        Na contra mão do mundo, os Estados Unidos, carros chefes da economia mundial, está com pleno emprego, criando cada vez mais oportunidades de trabalho para a sua população laboral.  No oriente e na região de influência da União Europeia esboçam reação de aquecimento da economia, como foi dito na matéria precedente.  Ao que se apresenta, o Brasil está na contra mão da economia global.

        Não há política econômica clara e consistente do Governo federal, senão algumas medidas pontuais como desoneração temporária de tributos federais à indústria automobilística, que na visão de analistas econômicos especializados, a medida não vão influir significativamente no crescimento do PIB do País. 

         Nas últimas semanas, tenho observado no mercado global que os commodities estão em ligeira baixa, afetando sobremaneira as exportações de minério de ferro e de produtos agropecuários, para agravar mais ainda a situação brasileira.   O Governo Lula, em pé de guerra com o setor produtivo, tem pouco a avançar para promover o crescimento aos níveis globais.

         Diante da situação descrita, o setor produtivo brasileiro está pondo a barba de molho, em compasso de espera.     

              Ossami Sakamori

              

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