O preço que pagamos por ter um Presidente da República, um analfabeto funcional, é enorme. Para completar o quadro dantesco, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apesar de ter ocupado funções públicas importantes, como prefeito da maior cidade do Brasil, São Paulo, e ainda ter sido ministro de Educação nos governos Lula, é um acadêmico, culto, porém se comporta como um principiante na macroeconomia. Diante do fraco desempenho em macroeconomia do seu ministro da Fazenda, o Presidente Lula abriu fogo contra o Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil, fazendo crítica ácidas sobre a taxa básica de juros Selic do Banco Central.
Não sabem o Presidente Lula e o ministro Fernando Haddad, que a política monetária está sob encargo do Banco Central do Brasil, cuja função principal é preservar o valor da moeda, o real ou mesmo que manter a inflação sob controle. A função do Executivo, a da Presidência da República e do ministro da Fazenda, por outro lado, é cuidar do Orçamento Público federal, ajustando a política econômica adequada e compatível com às promessas feitas na campanha eleitoral.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na sua esperteza ou ignorância, promete criar um novo "arcabouço fiscal", que, nada mais do que a "política fiscal", o termo comumente utilizado no meio empresarial e no mercado financeiro, como parte da "política econômica" do Governo federal. Estabelecer uma política econômica e fiscal independe do Banco Central e é de responsabilidade do Executivo. O Banco Central executa a política monetária, para assegurar o poder de compra do "real", apesar de gastos públicos acima da arrecadação, criando um quase permanente "déficit primário", que é o dinheiro que falta para pagar as despesas do Governo federal, incluído nelas os gastos com a previdência social.
Na contramão da contenção de despesas, o Presidente Lula e o ministro da Fazenda, anunciam o aumento de salário mínimo de R$ 1.302 para R$ 1.320 e aumenta a tabela de isenção do Imposto de Renda dos atuais R$ 1.908 para R$ 2.640. Grosso modo, o impacto fiscal das duas medidas é de R$ 100 bilhões, que se somará ao já "déficit primário" pelo eles próprios em R$ 100 bilhões a R$ 200 bilhões. Desta forma, o "déficit primário", o dinheiro que falta para pagar as contas do Governo federal deverá saltar para R$ 200 bilhões a R$ 300 bilhões em 2023.
Vamos lembrar que o "déficit primário" é o dinheiro que falta para cobrir despesas do Governo federal, incluído as despesas com a Previdência Social. Vamos lembrar, também, que o "déficit primário" é coberto com a venda de títulos do Tesouro Nacional, pagando taxa básica de juros Selic, de 13,75% ao ano, aumentando cada vez mais a dívida pública federal, que soma ao redor de R$ 6 trilhões, líquidos.
A situação das contas do Governo federal é dramática porque, se nem conseguimos pagar as despesas do Governo federal, muito menos os juros da dívida pública. Carece de respaldo, o Presidente da República vociferar sobre a taxa de juros Selic, que tem função de "segurar a inflação", em função dos gastos públicos acima do que se arrecada, como que a taxa básica de juros Selic do Banco Central fosse a "causa" do problema econômico do País. Não, não é assim que funciona. Pelo contrário a taxa básica de juros Selic de 13,75% é um instrumento da política monetária para segurar a inflação próximo da meta.
Como demonstrado acima, a taxa básica de juros Selic do Banco Central é consequência da "politica econômica" ou do "arcabouço econômico" equivocado do Governo Lula. Mudar de terminologia, não esconde o verdadeiro equívoco do Governo Lula sobre a política econômica.
Ossami Sakamori
PS: Evolução da taxa Selic. Por que tanta histeria do Presidente Lula sobre taxa Selic? Preste atenção da taxa no período Lula 1 e Lula 2.
2 comentários:
O reflexo do governo passado
Acho que você entende pouco de economia para fazer uma crítica dessa . O governo passado era que não dava aumento de nada e o Paulo Guedes gozava que empregados não deveria viajar
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