sábado, 4 de fevereiro de 2023

Economia global congelante!

 


Ontem, mostrei o que seria a situação econômica/financeira do Brasil, que não é nada animador.  Hoje, vou mostrar o quadro geral da economia global, para servir de referência para planejamento de cada empresa e de cada pessoa que vive nesta planeta, do hemisfério norte ao sul.   Essa semana que termina hoje, parece ser uma referência do desempenho da economia global de ocidente a oriente para o ano de 2023.

          O carro chefe da economia do mundo, os Estados Unidos, que representam cerca de 25% do PIB mundial, pelo lado positivo, está com taxa de desemprego aceitável pelo FED, que é um dado importante para balizar a taxa de juros básicos dos títulos do Tesouro americano, ao contrário do Brasil que a principal referência é a inflação.   A taxa de juros básicos foi estabelecido pelo FED em 4,25% ao ano para títulos de 10 anos, o que é muito alto para eles.  O motivo do aumento da taxa básica de juros, mesmo com pleno emprego, é o mesmo do BC do Brasil, a inflação alta dentro do balizamento do FED.  A inflação dos Estados Unidos persiste aos níveis ao redor de 3,5% ao ano, apesar de ter cedido ao nível máximo de um ano atrás que bateu 8,5%, a mais alta inflação dos últimos 40 anos, através da política monetária do FED.  

         Por outro lado, a Zona de Euro e Reino Unido ainda convivem com a situação de "estagflação", com crescimento pífio e inflação ao redor de 3%, alta para economia estabilizada dos principais países da Europa.  A Europa ocidental, Zona de Euro e Reino Unido, sofrem com o conflito Ucrânia x Rússia, sobretudo, pelo resultado do boicote comercial e financeira imposto ao Putin, em razão do conflito Ucrânia x Rússia.  

           A China que é a segunda economia do mundo, prevê crescimento de 5% em 2023, dando certo alento aos países exportadores de commodities como o Brasil.  O Japão, que isoladamente, é terceira economia do mundo, está em estagnação, com forte influência do desempenho da economia dos Estados Unidos.  Mas, isoladamente, não é capaz de alavancar a economia global, sozinha.  Pelo contrário, aproveita-se da situação para impor preços mais baixos nos commodities que importam.

           O petróleo que é o principal commodity do mundo, após pico de alta ao nível de US$ 130 cada barril, do tipo Brent, está sinalizando estabilidade do preço no entorno de US$ 80 por barril, do tipo Brent. O preço do petróleo em baixa favorece a economia brasileira, mas sinaliza que a bonança da Petrobras terá acabado com o preço do petróleo no nível praticado pelo mercado internacional.  Lembrando que o custo de produção do nosso petróleo, o do tipo pesado, TWA, é muito acima do custo de produção do aquele produzidos pelos árabes no Oriente Médio.  E, o preço do petróleo pesado é cerca de US$ 5 mais barato que o do tipo Brent, além de ser de custo mais caro em relação ao petróleo explorado no solo como o dos árabes.

          Convém lembrar que a economia é global.  Como me disse certa vez, um empresário japonês, sobre situação do Japão, a 3ª economia do mundo, isoladamente, de que "um espirro" nos Estados Unidos vem como "tufão" na terra do extremo oriente.   A analogia se aplica ao Brasil.   Economia fraca nos Estados Unidos e na Europa e baixo crescimento relativo da China, reflete diretamente no desempenho da economia brasileira, independente do viés ideológico do governo e do "arcabouço econômico" que é o mesmo que a política  econômica, que o ministro da Fazenda do Brasil quer fazer crer à população que é uma solução milagrosa.

           Amanhã, escrevo sobre a política econômica, que está para ser anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no mês de abril próximo, segundo ele próprio tem anunciado no seu périplo junto à classe produtiva do País.

           Por enquanto, vão apertando os cintos que a situação da economia global não está nada animadora!

            Ossami Sakamori

           

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