Brasil, a casa da mãe joana!

 

Dá sonolência acompanhar uma pseuda política econômica do Governo Lula.  Já estamos no seu segundo mês no cargo de Presidente da República e o Lula continua "falando, falando, falando", que vai fazer isto ou aquilo... E, por enquanto a plateia de seguidores estão apostando nas promessas do Presidente Lula... O principal "slogan" continua sendo a dar três refeições por dia aos 60 milhões de população de baixa renda e fazer investimentos em obras Brasil a fora.  Enquanto tem plateia de "bobos da corte", a popularidade continua em alta.  

          Do lado prático, a política econômica ou o "arcabouço fiscal", que imagino que seja a política fiscal, está em "gestação" nas mesas da ministra Simone Tebet e do ministro Fernando Haddad.   Nem mesmo, a nova estrutura com 37 ministérios, com desmembramento de 26 do governo anterior, tem o orçamento oficial desmembrado.  Os novos ministérios compartilham a Secretaria Geral dos antigos ministérios para suprir a falta das novas Secretarias. Falta ao menos uma Medida Provisória para oficializar o novo Ministério.  Isto é improviso, isto é "gambiarra" que fiz referência ontem.

          Em Orçamento publico, não existe gastos sem "rubrica" ou sem destinação certa, sob pena de crime de responsabilidade.  Brasil não é Cuba e nem é casa da mãe joana, onde predomina a confusão, a balburdia e a desorganização.   A primeira promessa da campanha eleitoral, a de aumento real de salário mínimo não foi cumprido.   A segunda promessa de elevar isenção de Imposto de Renda até R$ 5.000,00, será reduzido para 2 salários mínimos ou R$ 2.640,00, segundo grande imprensa.   A isenção das contribuições federais, PIS/Cofins dos combustíveis, deverá vencer neste final do mês e não será renovado, com consequente aumento de combustíveis na bomba no dia 1º de março.   

           O novo "arcabouço fiscal" ou a política fiscal, o de 2023, deverá ser apresentado no mês de abril.  Até lá, vai tocando com o Orçamento Fiscal aprovado pelo Congresso Nacional em 2022, com o acréscimo de R$ 145 bilhões, aprovado pelo PEC da Transição.   Por enquanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vai enganando o mercado financeiro com a promessa do novo "arcabouço fiscal", termo novo que engana até mesmo os analistas econômicos de plantão.   A política fiscal de 2023, segundo previsão do próprio ministro da Fazenda, se não houver aumento de tributos, deverá terminar o ano com o "déficit primário" ou o "rombo fiscal" entre R$ 100 bilhões a R$ 200 bilhões. 

          Lembrando que o "déficit primário" é o dinheiro que falta para pagamento de despesas discricionárias do Governo federal, excluído pagamento de juros da dívida pública, muito menos de amortização de uma parte dela.   Pensa o Presidente Lula, que estando com o  poder sobre Banco Central, poderia, em tese, emitir papel moeda ao bel prazer, sem se importar com a meta de inflação perseguido pelo BC, fazendo voltar a inflação galopante.   Toda ação tem o custo para o País e ou para a população.  

          Enquanto não tem um Orçamento Público federal ajustado aos gastos previstos e nas promessas feitas aos governos estaduais Brasil a fora e para governantes de países latino americanos, o País perde a chance de ser a 8ª potência do mundo e vai patinando na "maionese" do Presidente da República, populista, Luís Inácio da Silva.   No que isto vai terminar, só Deus sabe!

              Ossami Sakamori