domingo, 12 de fevereiro de 2023

A "picanha" vai demorar para chegar!

 


O Presidente Lula perdeu noção do que seja administração do dinheiro público e muito menos tem um ministro da Fazenda que administre o "Caixa" do Governo federal.   Sem uma mão firme no Ministério da Fazenda, fica "viajando na maionese", fazendo promessas ao léu  prometendo, promessas de obras e serviços.  Lula trata do dinheiro público como se fosse da casa da mãe joana, sem dono, muitas vezes, sem respaldo fiscal legal, como fizera a ex-presidente Dilma na sua segunda gestão em 2014.  

         O principal foco da crítica, atualmente, é contra o presidente do Banco Central, Campos Neto, no que se refere à taxa básica de juros Selic, que ao meu ver, está no patamar alto tal qual a taxa básica de juros dos países do primeiro mundo, como dos Estados Unidos e da União Europeia e do Reino Unido.   Aquelas economias, também, estão praticando taxa básica de juros dos seus títulos públicos acima das taxas históricas, em função da nova conjuntura econômica mundial.  

         A inflação acumulada de 2022, foi de 5,76%, acima da meta de 3,5% com flutuação de 1,5% para cima ou para baixo.  A meta de inflação para 2023, estabelecido pelo COPOM - Conselho de Política Monetária do Banco Central, está em 3,25%, podendo variar durante o ano, para cima ou para baixo conforme o comportamento da inflação durante este ano.  A taxa básica de juros, não é tabelado para o ano todo.  A taxa básica de juros Selic, poderá ser modificado a qualquer reunião do COPOM, que acontece a cada 45 dias, conforme o comportamento da inflação do período anterior.

      A taxa básica de juros Selic faz parte da "política monetária" do Banco Central para conter a estabilidade da moeda, balizando a taxa Selic aos juros de países do primeiro mundo.   A taxa básica de juros Selic tem sido o principal atrativo para os capitais produtivos e especulativos.  Os países emergentes como o Brasil não conseguem atrair capital estrangeiro sem oferecer "prêmio", uma taxa de risco, maior do que a taxa de juros das moedas estáveis como dos Estados Unidos.   Uma eventual saída do capital estrangeiro, a moeda brasileira, o real, desvaloriza, tornando o preço dos commodities mais altos em moeda brasileira, em consequência do "dólar" mais caro. 

           A situação da instabilidade vai permanecer enquanto não houver uma Política econômica, com definição bem clara dos encargos e impostos que incidem sobre os produtos e serviços.  A consequência é que as empresas produtivas procuram abrigo aos seus capitais de curto prazo ao invés de aplicar em investimentos produtivos, criando empregos.  Sem uma definição clara de uma Política fiscal (Receitas e Despesas) do ano em curso, com metas do Orçamento Público federal, que cubram ao menos as despesas da administração pública e as despesas referente ao Sistema Previdenciário, o que ainda não foi feito pelo Ministério da Fazenda, o nau brasileiro vai ficar "à deriva", sem rumo definido.  Não é com "berro" do Presidente Lula que vai resolver esta situação.  Cabe ao Ministério do Planejamento e ao Ministério da Fazenda mostrar ao País, em números, a que porto quer chegar.

        O mercado financeiro e os setores produtivos do País, ficam de olho no Orçamento Público federal, definitivo, de 2023, com "superávit primário" ou com o persistente "déficit primário" ou o "rombo fiscal" após a cobertura de novas despesas públicas, além do que já está previsto no LDO de 2023, com o acréscimo de R$ 145 bilhões do PEC de Transição.  Desde 2014, o País não apresenta o "superávit primário" ou o dinheiro que sobra para pagamento de juros da dívida pública, com um pequeno "superávit primário" em 2022.

          A crítica do Presidente Lula ao Banco Central, sobretudo no que se refere à taxa básica de juros Selic, atualmente em 13,75%, não encontra nenhum respaldo na teoria macroeconômica.    A equipe econômica que faz coro com o Presidente Lula, no que se refere à política monetária do Banco Central não é competente para ocuparem os cargos de relevância, como Ministério da Fazenda, Ministério do Planejamento, do BNDES e de bancos públicos federais.  

        Se o Lula quer se manter na Presidência da República, deverá parar de fazer crítica infundada ao Banco Central e fazer troca dos nomes no Ministério da Fazenda, Ministério do Planejamento, BNDES e Bancos oficiais para com as figuras com comprovada experiência em Finanças públicas.   Ao insistir em manter a atual equipe econômica, Presidente Lula vai se deparar com economia brasileira em situação de estagnação, piorando a situação econômica do País. 

      A prevalecer a atual situação, de um Presidente da República, analfabeto funcional, palpitando sobre a atuação do Banco Central, a promessa da "picanha" na mesa da população de baixa renda, vai demorar para chegar.  

           Ossami Sakamori

Um comentário:

Anônimo disse...

A picanha prometida para o povo , só se vê de binóculos, agora para o pessoal do governo, estes sim se lambuzam ! Triste fim para este governo!!!!!