O ano de 2023 se inicia com o maior índice de desmatamento da Amazônia Legal com referência ao mês de fevereiro de cada ano desde 2016, isto é o que revela os dados do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) do INPE.
A área, embora, não alarmante, não basta apenas boas intenções do Governo com a nomeação do ambientalista, Marina Silva, ao Ministério do Meio Ambiente. A Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro, segundo INPE, e engloba a área total dos estados de Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e parte do estado de Maranhão. Os estados que mais desmataram neste mês de fevereiro são Mato Grosso, Pará e Amazonas.
Não é justo que o Governo federal considere a Amazônia Legal como "propriedade" dela, porém, não ter dado contrapartida necessária para "preservar" a floresta Amazônica, intacto. Nela vivem pouco mais de 28 milhões de habitantes, tentando explorar a floresta racionalmente, sem nenhum subsídio do Governo federal, não ser para Zona Franca de Manaus, um distrito industrial da cidade.
Enquanto o Presidente da República, quer "vender" a Amazônia legal, com a bagatela de US$ 2 bilhões a US$ 5 bilhões, os 28 milhões de habitantes, sem considerar os povos originários, "penam" para sobreviver economicamente, sem nenhum projeto de "inclusão social", específico, do Governo federal. Algumas entidades e companhias privadas, elaboram projetos de "crédito de carbono" para vendê-lo no mercado financeiro internacional para ressarcirem-se da preservação do meio ambiente (sic), "sem desmatamento".
A Amazônia não é mercadoria ou commodities para serem vendidos no mercado internacional, como quer o Presidente Lula e ministra Marina Silva e como fazem empresas ou pessoas donas de áreas, vendendo o crédito de carbono. A Amazônia deveria ser tratada com projetos que envolvam, não só a floresta, mas sobretudo, a vida da população que nela vive, sob o novo conceito do ESG - Enviorement, Social Governance, que leva em consideração a floresta propriamente dita e as pessoas que nela habitam.
Continuo a afirmar: Amazônia não está à venda, Lula!
Ossami Sakamori
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